Funcionários de 14 Gecex (Gerências Regionais de Comércio Exterior) de diversos estados realizaram manifestações com o intuito de pressionar a direção do Banco do Brasil a dar garantias de que não serão prejudicados no processo de reestruturação que envolve cerca de 800 funcionários em todo o país.

A manifestação ocorreu na quarta 26 e, na capital paulista, envolveu bancários das Gecex São João, no Centro, e Compe, na Vila Clementino, zona sul, que paralisaram suas atividades por duas horas. Protestos similares foram realizados em cidades como Campinas, Vitória, Belo Horizonte, Caxias do Sul, Rio de Janeiro, Fortaleza e Brasília.

No Complexo São João, que teve uma das entradas coberta pela faixa do Portal do Inferno para simbolizar o ataque aos direitos dos trabalhadores, um bancário fez uma simulação e constatou que se não forem criados cargos de assistentes com jornada oito horas – para que ele e outros colegas possam migrar – terá perda mensal de cerca de R$ 800 na sua remuneração.

“É exatamente o que pago na prestação pelo financiamento de meu apartamento. Se for obrigado a sair da jornada atual e passar para a de seis horas, com consequente redução no salário e verbas, terei de fazer algum ‘bico’ para complementar a renda. Jamais imaginei que fosse passar por situação como essa quando entrei no banco há alguns anos.”

O diretor executivo do Sindicato Ernesto Izumi, que participou do ato em frente ao Complexo São João, destacou a necessidade de ampliar o movimento. “A reestruturação atinge a todos indistintamente e por isso é essencial que os protestos contem com presença cada vez maior de trabalhadores.”

Esse foi a segunda manifestação nacional nas Gecex neste mês. O primeiro foi dia 10 e teve como resultado a decisão de o banco ampliar o prazo para a reestruturação para 12 de janeiro de 2015. ”Agora exigimos compromisso formal do BB de que ninguém será prejudicado”, conclui Izumi. (Fonte: Seeb SP)
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