Para conter ataques, Sesp apostará em patrulhamento ostensivo e bancos instalarão mais dispositivos de segurança (Diego Ribeiro) Os assaltos a caixas eletrônicos aumentaram 45% em 2014 no Paraná. O dado foi revelado ontem pelo secretário da Segurança Pública do Paraná, Fernando Francischini, após reunião com representantes de todos os bancos que trabalham no estado, policiais federais, civis, militares, Exército e fabricantes de bombas de emulsão, usadas pelos criminosos durante os roubos. De janeiro deste ano para cá, foram 198 assaltos a caixas, enquanto no mesmo período do ano passado foram registrados 104. Na foto, uma explosão ocorrida em uma agência do Banco do Brasil, em Piraquara, em 21 de outubro. Ataques estão mais violentos Após a reunião, Francischini anunciou um pacote de medidas emergenciais para tentar conter a onda diária de explosões a caixas eletrônicos. O estado agora vai concentrar todas investigações em uma força tarefa coordenada pelo Centro de Operações policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil, em Curitiba. “Tem delegacia pequena no interior investigando a mesma quadrilha [que outras unidades]. Já falei que quero todo mundo preso até janeiro”, disse o secretário. Medidas A partir da madrugada de hoje, policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da PM, e o Cope, patrulharão diversos pontos que seriam possíveis alvos das quadrilhas que roubam os caixas. Outra medida anunciada é o reforço da segurança pelos bancos. Em alguns casos, segundo o secretário, já há resultados positivos, como uso de sirenes, fumaça e caixas violados. A principal medida dos bancos, no entanto, é do Banco do Brasil, que tem esvaziado os caixas eletrônicos às 17 horas. Sobre esse aspecto, os policiais também farão a escolta das empresas de transporte de valores quando essas retiradas forem feitas. “Pedimos que os bancos e as fábricas de explosivos aumentem a segurança”. Francischini disse que há falhas graves na rastreabilidade dos explosivos.“Não se sabe quem compra. É impossível detectar”. A reportagem, no entanto, obteve uma informação que essas bombas de emulsão têm sido traficadas via Paraguai, pela fronteira paranaense.O secretário confirmou a prática, mas revelou que são produtos fabricados no Brasil que têm retornado ilegalmente ao país. Outros estados A polícia ainda investiga a possibilidade de quadrilhas de outros estados, como Santa Catarina e São Paulo, estarem aumentando o volume de assaltos a caixas eletrônicos no Paraná. De acordo com Francischini, várias já foram identificadas. Sobre a participação de policiais paranaenses nestes crimes, o secretário se comprometeu a aumentar a fiscalização interna. “É prisão e expulsão.” Orientação é para que a população não use equipamentos à noite O secretário pediu que a população evite retirar dinheiro em caixas de regiões afastadas de centros urbanos e em horários noturnos. Ele afirmou que a onda de assaltos coloca em risco a vida dos usuários de caixas. Segundo Francischini, a população precisa se planejar e sacar dinheiro em locais mais seguros. Para isso, ele garante que, a partir de janeiro, a Secretaria de Estado da Segurança Pública mudará o formato de divulgação das estatísticas da criminalidade. Francischini disse que publicará os dados de maneira mais detalhada, com lugares e horários mais propícios aos ataques, de forma a ajudar a população a se prevenir. (Fonte: Gazeta do Povo)
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