Anteriormente, BC via inflação em 6,1%; para 2016, porém, estimativa do IPCA recuou para alta de 4,9% Pela primeira vez, o Banco Central admitiu que a inflação vai estourar o teto da meta em 2015. De acordo com o Relatório Trimestral de Inflação, o IPCA deve encerrar o ano em 7,9% no cenário de referência - que considera juros e câmbio constantes - e em 7,9%, no cenário de mercado. As projeções anteriores eram de uma alta de 6,1% no cenário de referência e de 6% no de mercado. Se esta estimativa se concretizar, o presidente do BC, Alexandre Tombini, terá de enviar uma carta aberta ao ministro da Fazenda, justificando os motivos que levaram ao descumprimento da meta de 4,5%, com 2 pontos porcentuais de tolerância para cima e para baixo, e revelando o que pretende fazer para levar os preços de volta ao controle. Esta semana, durante audiência pública no Senado, Tombini enfatizou que, apesar das críticas, nunca precisou confeccionar o documento. "Se tiver de escrever no futuro, o futuro dirá", afirmou. A última vez que a carta aberta foi escrita foi em 2004. O discurso do BC era de que a alta dos preços - decorrente principalmente de realinhamentos dos administrados em relação aos livres e dos internos com os externos - deveria ficar circunscrita ao primeiro trimestre deste ano. Segundo o RTI, no cenário de referência, o IPCA acumulado em 12 meses deve ter alta de 8,1% até o primeiro trimestre (6,4% era a projeção anterior); de 8,0% até o segundo trimestre (de 6,1% antes) e de 8,2% até o terceiro trimestre (6,1% antes). Já no cenário de mercado, as previsões que constam no RTI para a inflação acumulada em 12 meses subiu de 6,4% para 8,1% até o primeiro trimestre; de 6,2% para 8,0% até o segundo e de 6,1% para 8,1 até o terceiro. Ano que vem O Banco Central diminuiu ligeiramente sua estimativa para o IPCA de 2016. Segundo a instituição, no cenário de referência, a inflação deve subir 4,9% e não mais 5% como esperava antes. Já no de mercado, a previsão de alta de 4,9% foi substituída pela de 5,1%. A promessa do BC atualmente é a de entregar o IPCA no centro da meta de 4,5% no fim do ano que vem, o que vai exigir maior controle da inflação. De acordo com o documento, a expectativa para a inflação acumulada em 12 meses até o primeiro trimestre de 2016 desceu de 5,5% para 5,9%. No caso das projeções em 12 meses até o segundo trimestre, aumentou de 5,2% para 5,4% e, até o terceiro trimestre de 2016, de 5,1% para 5%. Todas esta estimativas estão dentro do cenário de referência. Já no de mercado, a previsão é de que o IPCA em 12 meses até o primeiro trimestre do ano que vem suba de 5,5% para 5,8.%, enquanto a do segundo trimestre deve aumentar de 5,2% para 5,3% e a do terceiro foi mantida em 5,0%. O BC projetou ainda, pela primeira vez, a inflação acumulada em 12 meses até o primeiro trimestre de 2017: de 4,7% no cenário de referência e de 4,9% no de mercado. (Fonte: Estadão)
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