Nesta quinta-feira (20/08), a Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação esteve reunida com a FENABAN para a primeira reunião de negociação, cujo tema foi EMPREGO. Por algumas horas, os debates foram acalorados, mas pouco evoluíram no que diz respeito à pauta de reivindicação da categoria bancária nesta Campanha Salarial 2015. Bancos se mostraram irredutíveis quanto à terceirização de serviços e, se negam a incluir nova clausula para tratar de estabilidade geral no retorno de férias.

Ao iniciar a reunião, a Comissão CONTEC solicitou a manutenção de empregos naqueles bancos, que estão em processo de compra e fusão, como é o caso dos bancos HSBC e Bradesco. No entanto, sem apresentar garantias, a FENABAN afirmou que “todas as instituições têm responsabilidades sobre seus empregados e não podem ficar limitadas somente aos negócios.”

Para os bancos a questão da regulamentação das terceirizações é primordial. A CONTEC ponderou que é fato observados que, ao longo dos anos, que a terceirizados trouxe junto a precarização do trabalho. Destacou ainda que para as entidades sindicais e trabalhadores, a atividade fim não é passível de terceirização.

A CONTEC afirmou que o investimento dos bancos com os correspondentes bancários não se justifica. Uma vez que as cidades possuem agências, e estas devem assumir integralmente os serviços bancários. Na ocasião, os representantes dos trabalhadores pediram que a FENABAN ajude o Brasil a gerar empregos, contribuindo mais significativamente na questão da responsabilidade social.

Para eles, os bancários brasileiros têm sofrido muito ao longo destes anos com a redução do número de pessoal nas agências e prédios das instituições financeiras. Também criticaram a “filtragem de clientes" que alguns bancos estão fazendo na porta do banco. A FENABAN disse discordar da posição da CEBNN/CONTEC e pediu para que o tema terceirizações seja debatido nas próximas rodadas, devido ser muito conflitante quanto às opiniões. Quanto à clausula 26 - “Estabilidades provisórias de emprego”, a FENABAN também pediu adiamento do debate.

A comissão CONTEC também criticou a forma muito subjetiva das avaliações para promoção adotadas pelos bancos. Mas para a FENABAN, cada funcionário conhece e sabe dos planos relacionados a promoção, cabendo a cada um trilhar o caminho desejado. A representação sindical denunciou inclusive que nas teleconferências é possível identificar perseguições e apadrinhamento. Para eles, as promoções hoje não dependem exclusivamente do desempenho do bancário.

A comissão CONTEC destacou ainda que os números e lucros das instituições comprovam que os bancos tiveram excelentes resultados, apesar da crise. Para os representantes sindicais, não há justificativas para que isso não reflita em bons salários e PLR maior para os bancários, que trabalharam e se dedicaram com empenho para esses resultados tão expressivos.

Os sindicalistas também destacaram a necessidade de as negociações avançarem também nas reivindicações sociais da categoria.

Após muitos debates nada de avanços. Nova reunião de negociação com a Fenaban está agendada para dia 1 de setembro, a partir das 14h, com o tema “Saúde, Segurança e Condições de Trabalho.
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