A greve dos bancários chegou ao quarto dia nesta sexta-feira (9) com 10.818 agências e centros administrativos paralisados, segundo a o movimento sindical. No país são 23.110 agências em atividade, de acordo com o BC (Banco Central). A federação dos bancos não divulga números.

Em São Paulo, o sindicato informa que 52 mil decidiram cruzar os braços de um total de 142 mil funcionários na capital, Osasco e região. São 23 centros administrativos e 677 agências afetadas pela greve, segundo a entidade.

A adesão ao movimento aumenta a cada dia no país por causa da proposta “insuficiente” feita pelos bancos, a paralisação continua nesta semana.

Em todos locais paralisados é ouvido a indignação dos bancários. Eles afirmam que foi uma proposta desleal e desmotivadora [dos bancos].

A greve é por tempo indeterminado e atinge locais de trabalho em todos os Estados e no Distrito Federal. A federação dos bancos não comenta a paralisação nem seus efeitos.

Os bancários têm data-base em 1º de setembro e pedem reajuste salarial de 16% -percentual que corresponde à reposição da inflação mais 5,7% de aumento real.

Pelos cálculos do movimento sindical, a “perda real de 4%” significa que um bancário que recebe o salário médio da categoria iria perder no ano R$ 1.983 em relação a uma proposta que apenas cobrisse a inflação. Este foi o pior índice oferecido pelos bancos desde 2004.

São mais de 500 mil bancários no Brasil. Eles receberam aumento real de 20,07% no período entre 2004 e 2014. No ano passado, foram 2,02% acima da inflação.
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