Senador do PT-RS argumenta que no momento não há ambiente nem clima para que mudanças sejam propostas

Diante da atual conjuntura do país — de crise econômica e principalmente política — o senador Paulo Paim (PT-RS) (foto), na foto, defendeu que o governo deve desistir de fazer a reforma da Previdência Social. Em entrevista à coluna, o petista argumentou que no momento não há ambiente nem clima para que mudanças sejam propostas no sistema previdenciário.

Paim é um dos articuladores da retomada da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social e tem trabalhado para a consolidação do grupo que atuará no Congresso. O lançamento da frente está confirmada para 27 de abril no Congresso.

“O assunto (a reforma) sai do cenário e dá lugar às discussões sobre a crise política, sobre a possibilidade de impeachment da presidente Dilma. Acredito que não é o momento para debater medida tão impopular”, opina.

Segundo Paim, a coleta de assinaturas de parlamentares começou pela Câmara dos Deputados. A iniciativa conta com apoio e ajuda de entidades representativas de trabalhadores e aposentados, como a Confederação Brasileira de Aposentados (Cobap) e as centrais sindicais. Em seguida, o trabalho será buscar apoio no Senado.

A meta é ter 300 deputados federais e 50 senadores comprometidos em defender a Previdência. Conforme o senador gaúcho, já foram formalizadas pelo menos 180 adesões de deputados à frente mista.

O senador argumenta que o governo precisa resolver a crise política antes de mais nada. E insistir no discurso da reforma será um erro sem antes promover um grande debate nacional sobre o assunto.

“É a nossa intenção fazer um amplo debate sobre um tema que encanta e desencanta a muitos. Há quem entenda que a Previdência não resiste a mais uma ou duas décadas. Outros dizem que se combater a fraude, combater a sonegação e combater a corrupção e se os recursos da Previdência não forem destinados para outros fins, tem tudo para dar certo”, diz o senador.

O lançamento da frente mista ocorrerá em cerimônia no auditório Petrônio Portela. No mesmo dia está programado um seminário para discutir o déficit da Previdência Social, com a presença de pessoas com as mais diversas opiniões sobre o tema.

No domingo passado, a coluna mostrou com exclusividade que as propostas que deverão sair dos debates do Fórum sobre as Políticas de Emprego, Trabalho, Renda e Previdência vão encontrar sérias dificuldades para passar e serem aprovadas pelo Congresso Nacional. (Fonte: O Dia)
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