Algumas das maiores categorias do país estão em campanha no segundo semestre e mobilização conjunta será reação a qualquer ameaça de retirada de direitos trabalhistas e sociais

Nenhum direito a menos! É com esse mote conjunto que os trabalhadores de algumas das maiores categorias profissionais do país iniciam suas campanhas salariais no segundo semestre de 2016. Bancários, metalúrgicos, petroleiros, químicos estarão organizados em torno da defesa dos direitos trabalhistas e sociais.

A conjuntura exige tamanha mobilização. Em alguns setores, o patronato, aliado ao governo interino, ameaça com reajuste zero, demissões, retirada de conquistas histórias.

Além das questões colocadas normalmente nas campanhas, este ano os trabalhadores enfrentam ameaças como a terceirização ilimitada e mudanças na Previdência Social que preveem aposentadoria somente a partir dos 70 anos, passando ainda pelo fim da política de valorização do salário mínimo e redução de verbas para saúde e educação. Lucros sempre altos

No caso dos bancários, os principais bancos que atuam no Brasil continuam operando com altos lucros. Foram R$ 13,1 bi somente entre os cinco maiores: R$ 5,23 bilhões no Itaú; R$ 4,1 bi no Bradesco; R$ 1,66 bi para o Santander; R$ 1,28 bi no BB e R$ 838 milhões na Caixa.

Apesar de terem resultados menores, se comparados com anos anteriores, já iniciam 2016 com números expressivos, principalmente se levada em conta a crise econômica e política que atravessa o país – o que fez com que os valores de provisionamento para devedores duvidosos (PDD) subissem na maior parte deles, causando grande impacto no lucro. Somente no Bradesco a receita de PDD cresceu 53,5%, no Itaú foram 38,3% e no BB, 27,2%.

Esta campanha será uma das mais difíceis dos últimos tempos. Os bancos estão apostando na tecnologia para reduzir postos de trabalho e elevar em muito seus ganhos. Mas isso deixa de lado metade da população do país que ainda não tem acesso à internet”.

Não somos avessos à tecnologia, mas ela tem de existir para melhorar a vida da população, não para causar mais desemprego e aumentar a riqueza de poucos. Mais do que nunca será a força da nossa mobilização, bancários e toda classe trabalhadora, que poderá alterar esse quadro de retrocessos. Cada um de nós faz toda diferença na luta.
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