O Banco do Brasil encerra nesta quinta-feira, 11, a temporada de balanços dos grandes bancos ao reportar lucro líquido ajustado de R$ 1,801 bilhão no segundo trimestre, montante 40,8% menor que o registrado um ano antes, de R$ 3,040 bilhões. Na comparação com os três meses anteriores, quando totalizou R$ 1,286 bilhão, o resultado foi 40,0% maior.

O resultado veio 6,39% abaixo da projeção média de analistas do mercado, que seria de R$ 1,924 bilhão. Para as estimativas, foram consultadas 11 casas pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado: Citi, Deutsche Bank, Goldman Sachs, BTG Pactual, Credit Suisse, Brasil Plural, Morgan Stanley, Safra, UBS e duas que preferiram não ser identificadas.

O lucro líquido do BB considerando eventos extraordinários totalizou R$ 2,465 bilhões de abril a junho, retração de 18,05% na comparação com 12 meses, quando o resultado ficou em R$ 3,008 bilhões. Em relação aos três meses anteriores, de R$ 2,359 bilhões, cresceu 4,49%.

Dentre os eventos não recorrentes no segundo trimestre ante um ano, o BB cita, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, R$ 618 milhões por efeitos fiscais e PLR sobre itens extraordinários, R$ 259 milhões em provisão extraordinária com demandas contingentes e R$ 185 milhões por conta de planos econômicos. Na contramão, o BB reverteu R$ 1,209 bilhão em provisão adicional.

No primeiro semestre, o lucro do BB foi a R$ 3,087 bilhões, declínio de 49,1% em relação há um ano, de R$ 6,065 bilhões. Com ajustes, encolheu 45,34%, para R$ 4,824 bilhões ante R$ 8,826 bilhões.

A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil, que considera títulos privados e garantias, fechou junho em R$ 751,207 bilhões, redução de 3,1% em relação a março, quando somou R$ 775,603 bilhões. Na comparação com junho de 2015, quando estava em R$ 760,025 bilhões, caiu 1,2%. A carteira ampliada gerencial foi a R$ 767,769 bilhões, queda de 3,1% e 1,3%, respectivamente.

O destaque no período, segundo o BB, foram as operações voltadas às pessoas físicas, cujos empréstimos totalizaram R$ 187,458 bilhões no segundo trimestre, montante 1,2% maior em relação aos três meses anteriores e 6,4% em um ano. Já a carteira de pessoa jurídica encerrou junho com saldo de R$ 274,875 bilhões, quedas de 4,1% e 3,7%, respectivamente.

O BB fechou junho com R$ 1,445 trilhão em ativos totais, aumento de 5,4% em um ano, de R$ 1,371 trilhão. Ante março, quando a cifra estava em R$ 1,405 trilhão, o crescimento foi de 2,9%.

O patrimônio líquido do BB foi a R$ 83,449 bilhões no segundo trimestre, alta de 1,0% em 12 meses e queda de 0,8% em relação ao trimestre anterior. O retorno sobre o patrimônio líquido médio ajustado (RSPL) ficou em 7,7% ao final de junho contra 14,2% e 5,6%, respectivamente. (Fonte: Estadão)
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