O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) criticou o pacote de medidas microeconômicas apresentadas pelo governo na última quinta-feira-feira 15. Em nota técnica, o Dieese diz que a mudança “não será capaz de impulsionar a atividade produtiva”.

“Esperava-se do governo um conjunto de iniciativas que mobilizasse investimentos e retomasse o consumo interno, com o Estado assumindo papel de indutor da empreitada de tirar a economia da recessão”, diz o departamento em nota.

O estudo feito pela entidade critica todas as 10 medidas apresentadas pela equipe econômica de Michel Temer.

O pacote inclui a desburocratização dos processos para abertura e fechamento de empresas, redução dos juros do cartão de crédito e ampliação da oferta de crédito. Trata-se de uma tentativa de aumentar a produtividade das empresas e reduzir o desemprego.

AS CRÍTICAS

Segundo o Dieese, as medidas são insuficientes para estimular a economia. Sobre a proposta de novo Refis, por exemplo, o Dieese diz que "a medida pode aliviar a situação das empresas em dificuldades, mas não resolve o problema principal, principalmente das médias e pequenas, que é o acesso ao crédito com custos compatíveis com suas capacidades empresariais e de pagamento”.

O Dieese afirma ainda que a renegociação de dívidas de empresas com o BNDES e mais acesso a crédito com o banco de fomento são “medidas importantes, mas sem a redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e diante da recessão, as empresas dificilmente farão novos investimentos”.

O governo prepara os projetos de lei e medidas provisórias para regulamentar as medidas do pacote microeconômico. Fonte: Poder 360, com edição da Redação
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