Com a reforma da Previdência proposta pelo governo Temer, a situação caótica no mercado de trabalho deve se estender. O atual índice de desemprego aponta que, nos últimos 12 meses, do saldo de 1,5 milhão de desempregados, 1,4 milhão estão entre os 30 e 64 anos e, para piorar, um terço deste total está entre os 50 e 64 anos. Faixa etária bem próxima da aposentadoria.

A questão só evidencia que o sonho da aposentadoria de bem perto, deve ficar muito distante com a reforma. Segundo a Pnad Contínua do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), hoje, dos 20,2 milhões de trabalhadores com 65 anos ou mais, apenas 13,4% compõe a força de trabalho, sendo que 13,1% estão efetivamente trabalhando e 0,3% em busca de emprego. Os 87% restante estão fora do sistema e, muito provavelmente, se tornarão desempregados se a reforma passar.

A mudança é tão rígida que torna quase impossível a aposentadoria do trabalhador, já que o tempo mínimo de contribuição sobe de 15 para 25 anos, e para receber o beneficio integral, o trabalhador deverá contribuir por 49 anos interruptos. Isto é, uma pessoa precisa começar a contribuir dos 16 anos aos 65 sem nunca ter ficado desempregado ou na informalidade. Irreal.
Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia
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