O ano de 2017 deve ser igualmente ruim ou ainda mais complicado para as negociações salariais das diversas categorias de trabalhadores do que 2016, que já é o pior ano para os reajustes desde 2002, inclusive para os sindicatos mais fortes. Após um ano marcado por reajustes abaixo da inflação, a avaliação dos economistas e até mesmo das categorias consultadas pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, é de que no ano que vem os acordos salariais serão mais uma vez dificultados pelo ambiente econômico recessivo. Além disso, há a expectativa de pico do desemprego e da continuidade da crise política e institucional. Diante desse cenário complicado, algumas categorias já se anteciparam e fecharam acordos neste ano que contemplassem a recomposição salarial em 2017, sem aumento real na renda.

"O desemprego atingirá o ápice em março, com 12,7%, mas essa projeção pode ser pior, uma vez que os dados fracos de atividade podem atrasar ainda mais a retomada da economia. Além disso, a crise política alimenta a crise econômica, fazendo com que a recuperação seja mais lenta do que a esperada, o que também atrasa a retomada do emprego", resumiu o analista econômico da RC Consultores Everton Carneiro.
Foto: Dario Oliveira/Código19/Pagos
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