Após quatro anos em queda, geração de empregos com carteira assinada subiu 1,5% no trimestre encerrado em abril (POR REGIANE OLIVEIRA)

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 12,5% no trimestre de fevereiro a abril,

segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira. O índice subiu 0.5 ponto percentual em relação ao trimestre de novembro de 2018 a janeiro de 2019 (12,0%), mas teve uma leve queda de 0.4 ponto percentual na comparação com o mesmo período do ano anterior (12,9%).

 
O número de pessoas desocupadas chegou a 13,2 milhões, uma alta de 4,4% em relação ao trimestre anterior, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que analisa períodos móveis (novembro, dezembro, janeiro; fevereiro, março e abril etc) e não os trimestres tradicionais. Na comparação com igual período de 2018 ficou estável, segundo o IBGE.


A população subutilizada (28,4 milhões de pessoas) – que agrega desempregados, subocupados por insuficiência de horas (trabalham menos do que gostariam) e força de trabalho potencial (não buscam emprego, mas estão disponíveis) – bateu o recorde da série histórica iniciada em 2012, com alta de 3,9% (mais 1.063 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 3,7% (mais 1.001 mil pessoas) na comparação com igual trimestre de 2018.

O respiro nos indicadores ficou com a geração de empregos com carteira assinada, que, após quatro anos em queda, subiu 1,5% em relação ao mesmo período de 2018, com a geração de 480 mil postos de trabalho, totalizando 33,1 milhões de pessoas empregadas no setor privado. Em relação ao trimestre anterior, no entanto, este indicador ficou estável.

Parte da recuperação é atribuída aos setores de educação e saúde, e também a postos de trabalho de baixo nível educacional na mineração, na construção e no transporte. “O aumento reflete o início de um quadro favorável. É a primeira vez que a categoria carteira de trabalho respira desde o início da crise em 2014”, explica em nota Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.


O número de empregados sem carteira assinada (11,2 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre terminado em janeiro de 2019 e subiu 3,4% (mais 368 mil pessoas) em relação ao mesmo período de 2018.


Desalento
O número de pessoas desalentadas, aquelas que desistiram de procurar emprego, chegou a 4,9 milhões, um aumentou 4,3% (mais 202 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 4,2% (mais 199 mil pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2018. Já o número de trabalhadores por conta própria (23,9 milhões) ficou estável frente ao trimestre anterior e cresceu 4,1% (mais 939 mil pessoas) frente ao mesmo período de 2018. (Fonte: El País)

 

 

 

0
0
0
s2sdefault