Os bancos credores da Odebrecht S.A. não chegaram a um consenso sobre se a melhor saída é a execução das garantias relativas a empréstimos concedidos à Atvos, braço sucroenergético do grupo. Após o encontro ocorrido na terça-feira,

dia 04, a única instituição que já bateu o martelo foi a Caixa Econômica Federal, que está decidida em ir adiante caso não obtenha ações da Braskem em garantia, como os demais bancos. Se for em frente, pode arrastar todos os demais credores.


A execução das garantias tem potencial de levar o grupo para a recuperação judicial, resultando no maior caso da América Latina. Banco Votorantim, que assim como a Caixa não possui papéis da petroquímica como garantia, também estaria propenso a seguir o banco público.


Na mão da União. Um novo encontro, desta vez entre credores e a Atvos deve ocorrer na próxima segunda-feira, dia 10. Da sua dívida total de R$ 12 bilhões apresentada à Justiça, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Brasil (BB) têm juntos 66% ou R$ 7,95 bilhões. A Caixa aparece com R$ 500 milhões e Votorantim, R$ 80 milhões. O Bradesco é citado com cerca de R$ 250 milhões e o Itaú Unibanco, com R$ 106 milhões.


Sai de baixo. Sob o risco de ter a holding levada à proteção da Justiça, a Odebrecht negocia nesse momento com os bancos cerca de R$ 20 bilhões em garantias relativas às operações de empréstimos realizados para várias empresas do grupo. No entanto, uma recuperação judicial da holding puxaria as demais empresas do grupo, que têm uma dívida de R$ 80 bilhões, sem considerar o passivo da Braskem. Procurados, Odebrecht, Caixa e Votorantim não comentaram. (Fonte: Estadão)

 

 

 

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