O Itaú-Unibanco não descarta que o Brasil tenha entrado numa recessão técnica (Por Ligia Tuon)

A previsão do banco é que a economia tenha crescido 0,5% no segundo trimestre em relação ao anterior, puxada por industria de transformação e serviços. O dado será divulgado no dia 29, quinta-feira pelo IBGE.


Uma recessão técnica é quando o PIB cai por dois trimestres consecutivos. No primeiro trimestre de 2019, a economia brasileira caiu 0,2%.


“A economia não está contraindo nem acelerando”, disse Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú Unibanco em cafe da manhã com jornalistas nesta terça-feira (20).


Os dados preliminares do terceiro trimestre até agora indicam 15% de chances de haver uma queda do PIB.


No período, houve um aperto da condições financeiras em meio à temores de recessão global, guerra comercial entre China e Estados Unidos e desaceleração do país asiático.


“Não acho que estamos em uma crise internacional, mas isso pode acontecer”, aponta Mesquita. “O BC está em condições de reagir a uma piora no ambiente externo cortando os juros, o que ele já começou a fazer”.


O período mais perigoso, segundo ele, podem ser os próximos dois os três trimestres, antes que o corte de juros realizado pelo Fed em 31 de julho seja sentido.


O economista nota que todos os países que têm meta de inflação cortaram os juros recentemente, com exceção da Colômbia, que deve anunciar um corte em breve.


Alem disso, a Alemanha indicou ontem que prepara um pacote de estimulo fiscal, para estimular o consumo no país. Nessa esteira, o BC europeu deve lançar uma nova rodada de estímulos, colocando a taxa num patamar negativo.


Problemas com a China afetam o Brasil tanto pela queda das nossas exportações quanto  pela queda do preço nas commodities, que tem seus preços, em grande parte, definidos pela situação na China.


“O que acontece na China é muito mais importante para o Brasil do que está acontecendo com a Argentina”, disse Luka Barbora, economista do Itaú-Unibanco. Segundo ele, 30% das exportações do Brasil vão pra China. 20% pros Estados Unidos e apenas 5% para a Argentina. (Fonte: msn Dinheiro)

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