Segundo o presidente do banco, Pedro Guimarães, abertura aos sábados se mostrou 'matematicamente' desnecessária. Abertura das agências foi anunciada no último dia 16. (Por Alexandro Martello)

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, informou nesta quarta-feira (30) que o banco deixará de abrir parte das agências aos sábados para saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).


Segundo Guimarães, a abertura das agências aos sábados se mostrou "matematicamente e empiricamente" desnecessária. Alegou que esteve em Vitória (ES) e viu as agências "muito vazias".


A decisão de abrir parte das agências para quem não tem conta no banco foi anunciada no último dia 16.


FGTS: diferenças entre saque imediato e saque-aniversário

Ao anunciar a nova decisão, nesta quarta-feira, o presidente da Caixa afirmou que 90% dos pagamentos de não correntistas são feitos por meio de lotéricas ou de caixas eletrônicos.

"Há uma necessidade [de entrar na agência] quando se esquece a senha, mas isso é menos de 10% dos casos", explicou.


Com a decisão, Guimarães informou que a Caixa deixará de gastar em horas extra e transporte de valores, além de outros gastos operacionais.


MP do FGTS

A liberação de saques do FGTS foi autorizada por uma medida provisória (MP) editada pelo presidente Jair Bolsonaro. A MP está em análise no Congresso e precisa ser aprovada para virar uma lei em definitivo.


Entre outros pontos, a MP prevê que o saque terá limite de R$ 500. Mas o relator da proposta, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), propôs alterar esse valor para até R$ 998 no saque imediato.


Questionado sobre a proposta de Motta, o presidente da Caixa afirmou estar "tranquilo".

"Estamos tranquilos, pois 82% [dos trabalhadores com direito a saque] têm conta na Caixa. Para quem não tem, estão usando lotéricas, ou ATMs [máquina de saques]. Essa medida sendo aprovada estamos tranquilos, pois temos até 31 de março para realizar esses pagamentos", declarou.


Taxa de administração do FGTS

Sobre outra proposta do relator, de reduzir de 1% para 0,5% a taxa de administração do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o presidente da Caixa afirmou que essa é uma prerrogativa do Congresso Nacional.


"Estamos melhorando muito pela tecnologia a eficiência. Os custo que temos hoje são muito inferiores a 2017. Agora, a gente ainda não recebeu [a proposta], não houve discussão. Mas estamos muito tranquilos", disse ele.


Atualmente, a Caixa tem um faturamento de cerca de R$ 5 bilhões, por ano, com a administração do FGTS, com uma taxa de 1%. Se o valor recuar para 0,5%, a instituição pode perder cerca de R$ 2,5 bilhões por ano. (Fonte: G1)

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