(foto: Lucas Pacífico/CB/D.A Press)  Segundo especialistas, o quadro de paralisações em algumas empresas pode aumentar nos próximos meses

(Por Vera Batista) Paralisações e protestos de funcionários têm se ampliado em órgãos públicos e empresas estatais. No final de semana, empregados da Petrobras iniciaram uma greve por tempo indeterminado. Nesta segunda-feira (3/2), os trabalhadores da Casa da Moeda cruzaram os braços para impedir a empresa de retomar o programa de demissões.

Segundo especialistas, o quadro pode se agravar nos próximos meses. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) contabilizou a adesão de 15 mil profissionais, em 10 estados, ao movimento grevista da categoria. No Rio, diretores da FUP ocupam uma sala do edifício-sede da Petrobras. Os petroleiros querem a suspensão do programa de demissões de mil funcionários de uma refinaria no Paraná, programada para o próximo dia 14.

Por meio de nota, a Petrobras reiterou que o movimento em algumas de suas unidades “é injustificado, uma vez que o acordo coletivo de trabalho foi assinado por todos os sindicatos em novembro de 2019 e as negociações previstas estão seguindo curso normal”.

Na Casa da Moeda, funcionários fizeram greve de advertência de 24 horas e paralisaram a produção de passaportes. Eles protestam contra a proposta de privatização da empresa e discordam de mudanças feitas pela direção em alguns benefícios.

Estoques
Pela página oficial, a companhia informou que, “está com suas atividades normais”. Sobre a produção de passaportes, cédulas e moedas, além do plano de contingenciamento, disse que “tem estoques suficientes para mitigar eventuais riscos no cumprimento dos prazos contratuais”.

Na Dataprev, uma greve começou em 31 de janeiro em resposta às informações sobre a privatização e a redução de 15% da força de trabalho, ainda esse mês. O governo federal pretende demitir 494 dos 3,36 mil funcionários. Os grevistas querem que os desligados sejam remanejados para o INSS, que passa por uma crise no atendimento.

Em nota, a direção da Dataprev informou que a privatização e o encerramento das unidades têm sido divulgados como pautas do movimento de greve, mas não há formalização, até o momento. “A empresa está trabalhando para negociar o fim da greve e manter a prestação dos serviços preservada, e fazendo um levantamento sobre o impacto do movimento, mas ainda não possui dados consolidados.” (Fonte: Correio Braziliense)

 

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