Sem agendamento por telefone, clientes e usuários se aglomeram nas ás agências da Caixa

Foto: Diogo Almeida/G1 -  Filas nas agências bancárias também podem ser foco de contágio da Covid-19, e Sindicato cobra o agendamento por telefone para preservar vidas e saúde de usuários e trabalhadores

Após reivindicações do movimento sindical bancário, a Caixa avançou em medidas de proteção contra o coronavírus, como a liberação para home office para 100% dos empregados da área meio e para 70% dos empregados das agências, bem como o contingenciamento da entrada de clientes nas agências e a determinação de só atender presencialmente os serviços considerados essenciais, como cadastramento de senha numérica e pagamento de benefícios sem cartão como abono, INSS, FGTS, seguro desemprego, Bolsa Família e Bolsa Pescador. Mas as filas que se formam do lado de fora das agências do banco público (veja fotos) também colocam em risco a vida e a saúde dos usuários, dos terceirizados e dos bancários que irão atendê-los em seguida, porque podem ser foco de contágio da Covid-19.

Esse problema poderia ser facilmente evitado se a Caixa atendesse a uma reivindicação simples do Sindicato dos Bancários: de que o atendimento fosse agendado por telefone antes de o usuário se dirigir à agência.

“O movimento sindical está cobrando o agendamento por telefone para todos os bancos, mas a Caixa, por seu caráter de banco público e por ser a instituição que faz o pagamento de vários benefícios sociais, deveria adotar urgentemente a reivindicação. Por mais que haja contingenciamento de entrada, a aglomeração que tem se verificado do lado de fora das unidades da Caixa é um perigo para a população e para os 30% que continuam fazendo o atendimento presencial nas agências. É uma medida simples, que pode salvar muitas vidas e contribuir para evitar a proliferação do vírus”, ressalta diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Dionísio Reis.

“Estamos em uma situação de caos sanitário. O sistema de saúde pode entrar em colapso. E os usuários da Caixa estão se aglomerando nas calçadas. É uma questão de proteger bancários, a população e de contribuir para que as medidas de isolamento social sejam mais eficazes”, reforça o dirigente.

Dionísio lembra que a execução das medidas econômicas anunciadas pelo governo e aprovadas pelo Congresso Nacional passa pelo sistema financeiro, o que torna ainda mais urgente que se adote o agendamento antes de as pessoas se dirigirem às agências bancárias. “Isso é essencial para evitar aglomerações”, volta a dizer. O agendamento, segundo ele, também iria garantir que os atendimentos presenciais fossem de fato restritos aos serviços essenciais, sendo os demais serviços feitos por meio dos canais digitais ou caixas eletrônicos.

O dirigente destaca ainda que a higienização constante das unidades bancárias e a distribuição de equipamentos de proteção aos bancários, como luvas, máscaras e álcool gel continua sendo fundamental neste momento de pandemia. “Os bancários das agências têm de poder lavar as mãos após cada atendimento. E têm sempre que ter disponíveis máscaras e álcool gel”, cobra.

Ele orienta os empregados da Caixa a denunciarem ao Sindicato qualquer desrespeito do banco às medidas acordadas com os trabalhadores. (Fonte: Seeb SP)

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