Neste ano, as requisições para o benefício aumentaram 9,6%

Os pedidos de seguro-desemprego dispararam na primeira quinzena de maio. Até agora, 504.313 trabalhadores solicitaram o benefício. O número representa uma alta de 76,2% em relação ao mesmo período do ano passado (286.272) e de 4,9% na comparação com a segunda quinzena de abril deste ano (480.848).

No período, os três estados com maior número de requerimentos foram São Paulo (149.289), Minas Gerais (53.105) e Rio de Janeiro (42.693). Os números foram divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério da Economia .

O ministério destacou também o aumento de 58,7% das requisições feitas presencialmente em relação à segunda quinzena de abril. Isso é explicado, segundo o governo, por um decreto presidencial que definiu as atividades de processamento do seguro-desemprego como essenciais, o que contribuiu para a retomada do atendimento presencial.

No acumulado de janeiro até agora, foram contabilizados 2.841.451 pedidos de seguro-desemprego, na modalidade trabalhador formal . Isso representa um aumento de 9,6% em comparação com o acumulado no mesmo período de 2019 (2.592.387).

O governo estima que até 250 mil pedidos ainda possam ser realizados. Os requerimentos podem ser feitos de forma 100% digital e não há espera para concessão de benefício.

As solicitações de acesso ao seguro-desemprego se tornaram um dado importante para saber o impacto causado pela pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) no mercado de trabalho.

Um dos fatores que dificultam o debate sobre os rumos do mercado de trabalho diante da pandemia é a ausência de dados estatísticos. A última divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados ( Caged ), que mensura o nível de emprego com carteira assinada, foi divulgada em janeiro com dados relativos a dezembro.

Desde então, o indicador não foi mais atualizado em razão de mudanças feitas no sistema e porque as empresas enfrentam dificuldade de repassar as informações no meio da pandemia.
O IBGE , que produz indicadores sobre o mercado de trabalho como um todo, que inclui trabalhadores com direitos trabalhistas e informais, enfrenta dificuldades para fazer o levantamento após a suspensão da coleta presencial de dados em razão da pandemia. Em março, a taxa de desemprego subiu para 12,2%, atingindo 12,9 milhões de trabalhadores.

Como O GLOBO revelou na semana passada, o Ministério da Economia estima que o Brasil deve encerrar o ano com perda de 3 milhões de postos de trabalho formais. (Fonte: Brasil Econômico)

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