Banco havia se comprometido a não demitir funcionários durante a crise sanitária gerada pelo novo coronavírus

Em um mês, o banco Santander demitiu, no Brasil, 433 funcionários, segundo levantamento realizado pelos sindicatos dos bancários de todo o país, informa reportagem publicada na Folha Online nesta segunda-feira (6). O jornal lembra que o banco quebrou seu compromisso de não demitir funcionários durante a crise sanitária causada pelo novo coronavírus que assola o país e as demissões estão ocorrendo em diversos estados. O jornal informa, ainda, que o Santander é o único entre os maiores bancos do país a não respeitar o compromisso pela não demissão de funcionários neste período.

O número de demissões pode ser ainda maior, uma vez que o banco não apresenta os dados e os sindicatos tiveram que fazer um levantamento a partir das informações que são passadas pelos próprios trabalhadores.

Metas abusivas
Segundo o banco, as demissões são ajustes naturais em busca da competitividade e ocorrem quando não há cumprimento de metas. O banco lançou uma campanha chamada “Motor de Vendas”, que define o cumprimento pelos funcionários de metas crescentes.

“É mais um dos compromissos descumpridos pelo Santander. Em mesa de negociações entre a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e o Comissão (Nacional dos Bancários), os bancos se comprometeram a não cobrar metas comerciais durante a pandeia. As únicas metas que permaneceram foram as de qualidade de atendimento. Mas, a ganância do banco espanhol obriga os funcionários a empurrarem produtos para os clientes, mesmo neste momento em que as pessoas querem economizar dinheiro e não comprar produtos e serviços bancários. O Santander já foi condenado pela Justiça pela prática de cobrança de metas abusivas.

Ataque aos aposentados
A reportagem da Folha também traz informações sobre as mudanças que o Santander quer promover no fundo de previdência dos funcionários do antigo Banespa (Banesprev), desrespeitando o termo de compromisso estabelecido em acordo coletivo e assinado pelo banco e pelos representantes de funcionários. Uma liminar proíbe o banco de dar continuidade à mudança.

A proposta do Santander visa substituir o plano de benefício definido –no qual é pré-fixado o valor a ser retirado na aposentadoria– por um plano de contribuição definida –que pré-define a contribuição ao longo do plano e o montante a ser retirado varia em função da quantia, do tempo de contribuição e da rentabilidade, explica o jornal. (Fonte: Seeb SP)

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