Maior banco do país fica dentro das expectativas de resultado, mas surpreende no controle da inadimplência (Por Beatriz Quesada) - foto Paulinho Costa feebpr -
O Itaú aprofundou a distância que abriu em relação a seus pares privados e registrou um lucro líquido de R$ 8,43 bilhões no primeiro trimestre – mais que os resultados de Bradesco e Santander somados. Apesar de robusto, o lucro veio em linha com o esperado por analistas. A grande surpresa no caso do Itaú foi a qualidade da carteira de crédito, que também é um dos principais diferenciais em relação à concorrência.
A inadimplência do banco ficou estável na comparação trimestral, em 2,9% – a menor entre os pares e a única a não registrar tendência de alta. As duas linhas de maior pressão para os bancos – pessoas físicas e pequenas e médias empresas – também ficaram sob controle no trimestre do Itaú.
O índice de calotes para pessoas físicas ficou estável na comparação trimestral, em 4,9%, enquanto o de micro, pequenas e médias empresas teve leve queda de 2,4% para 2,3%. A título de comparação, no caso do Bradesco, a inadimplência disparou para a casa dos 6% nas duas vertentes.
A expectativa é de que a estabilidade continue, com a possibilidade de alguma variação pequena. Porém, para além do resultado em si, a previsibilidade é um diferencial na visão do CEO do banco, Milton Maluhy Filho.
“Já vínhamos antecipando há alguns trimestres que o atraso acima de 90 dias se estabilizaria justamente agora, o que mostra que a nossa capacidade de gestão de crédito – com utilização constante de dados – tem mostrado resultado não só pela qualidade dos números mas também pela previsibilidade”, disse o CEO em coletiva com jornalistas nesta manhã.
Os números provam a capacidade de gestão de risco do Itaú em ambientes adversos no cenário macroeconômico, argumentou Maluhy. Atualmente a taxa básica de juro, a Selic, está em 13,75% ao ano, o que tem prejudicado a concessão e a tomada de crédito e, consequentemente, impactado o resultado dos bancos. O Itaú, no entanto, tem atravessado a crise à frente dos pares. “Nossa capacidade de gestão de risco nos permite performar e ter resultados sólidos em momentos mais difíceis”, avaliou o CEO. (Fonte: Exame)
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