Entre as maiores quedas, a liderança é, mais uma vez, do peso argentino (Por Eulina Oliveira) - 

O real registra ganhos ante o dólar em 2023 até agora, e recentemente a divisa americana voltou a ser cotada abaixo de R$ 5, nos menores níveis desde junho ao ano passado. A redução dos temores dos investidores após a apresentação da proposta do governo para o novo arcabouço fiscal e a taxa básica de juros (Selic) em nível alto alimentam esse movimento.

A Selic a 13,75% ao ano impulsiona o chamado "carry trade", que consiste em tomar dinheiro a uma taxa de juros em um país e aplicá-lo em outra moeda, onde as taxas são maiores. Isso também beneficia o real e outras moedas, como o peso mexicano e o peso colombiano.

Além disso, a resiliência da atividade econômica no Brasil reforça a percepção de que os juros podem demorar mais para cair, o que ajuda a sustentar a moeda brasileira abaixo de R$ 5.

Com isso, o real registra a quarta maior valorização acumulada no ano, numa cesta de 33 moedas desenvolvidas e emergentes acompanhadas pelo Valor. A moeda brasileira tem alta de 6,97% até esta quarta-feira (17).

Destas 33 divisas, 17 apresentam valorização em 2023, enquanto 16 recuam. O ranking de altas é liderado pelo peso mexicano (+10,56%), seguido pelo florim da Hungria (+9,43%) e pelo peso colombiano (+7,34%). Já o peso chileno vem em quinto lugar, atrás do real, com ganho de 6,94%.

Entre as moedas com pior desempenho em 2023, o destaque, mais uma vez, é o peso argentino, com queda de 23,84%, em meio aos problemas econômicos do país vizinho, onde a inflação atingiu 109,9% em abril no acumulado de 12 meses.

O rand sul-africano é a divisa com a segunda maior queda no ano, com -11,60%, seguido pela coroa norueguesa (-9,68%), o rublo russo (-7,53%) e o won sul-coreano (-5,49%). (Fonte: Valor Econômico)




Notícias Feeb/PR

 

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