Boletim de “Olho nas Negociações” do Dieese analisou 165 categorias da indústria, comércio e serviços até 10 de agosto

A pesquisa mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), sobre reajustes salariais, divulgada no boletim de “Olho nas Negociações”, mostra que das 165 categorias analisadas com data-base em julho, 89,1% conquistaram ganhos reais acima da inflação.

Do total das data-base de julho, 10,3% obtiveram reajustes iguais à inflação e apenas uma negociação (0,6%) teve reajuste abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A média de reajuste acima da inflação foi equivalente a 1,95%.

No mês anterior (junho / 2023), as negociações acima da inflação chegaram a 86,7%. Já na comparação com o mês de julho de 2022, o contraste é grande: as negociações com reajustes abaixo da inflação foram muito maiores (66,5%).  

Acumulado do ano de 2023

No acumulado deste ano de 2023, os reajustes salariais acima da inflação chegaram 76,5%. Ao todo foram analisadas 9.829 negociações até 10 de agosto.

Outro dado confirma que a negociação coletiva é mais favorável ao trabalhador. Os reajustes salariais acima do INPC foram mais frequentes nos acordos coletivos com 79,1% dos casos. Nas convenções coletivas este índice chegou a 71,8%. Por outro lado, resultados abaixo da inflação também são mais frequentes entre os acordos (5,8%) do que nas convenções (4,9%).

Reajustes por setor econômico em 2023

Em 2023, as negociações da indústria tiveram aumentos reais em 82,6% dos casos e reajustes iguais ao INPC em 12,7%. Apenas 4,8% dos resultados do setor ficaram abaixo do índice inflacionário.

Nos serviços, os reajustes superiores à inflação chegaram à marca de 79,3%, enquanto 14,4% se igualaram ao INPC, e 6,3% ficaram abaixo do índice.

No comércio, o percentual de resultados superiores ao INPC é menor (53,5%). No entanto, cerca de 42% das negociações registraram reajustes equivalentes à inflação, o que revela que só 4,8% não conseguiram repor as perdas inflacionárias, de janeiro a julho de 2023. (Fonte: Dieese)

Leia a pesquisa completa do Dieese aqui.

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