escrito por Assessoria 

CONTEC e Secretaria de Relações Internacionais da UGT realizam Seminário sobre a COP 28

A Secretaria de Relações Internacionais da UGT realizou na manhã desta quinta-feira, 26/10, o Seminário COP 28: a urgência da ação climática, com o objetivo de promover a conscientização sobre as mudanças climáticas e o papel que todos podem desempenhar para enfrentar esse desafio global. A abertura do evento foi feita pelo Presidente Nacional  da UGT, Ricardo Patah, e pelo Presidente da CONTEC e Secretário de Relações Internacionais da UGT, Lourenço Prado.

As palestrantes convidadas, Sílvia Mesquita e Andressa Paz, falaram sobre o progresso dos países na implementação do Acordo de Paris; as estratégias de adaptação climática necessárias para enfrentar os impactos das mudanças climáticas; as políticas e tecnologias necessárias para a transição para uma economia de baixo carbono.

Sílvia Mesquita é uma líder engajada em agendas verdes e pautas sobre economia circular, é administradora de empresas e especialista em negócios e gestão de pessoas. Atualmente, exerce o cargo de diretora de projetos e estratégias de sustentabilidade na Elemento Sustentável, além de ser a Diretora de Negócios na QInspira desenvolvimento humano e Resultados. Com vasta experiência no desenvolvimento de projetos ambientais, sustentabilidade, engajamento de stakeholders, cadeias de valor sustentáveis, inovação, outsourcing de serviços e empreendedorismo social. Ela é apaixonada por compartilhar seu conhecimento em eventos e é uma voz influente no campo da sustentabilidade e gestão de negócios sustentáveis ela apoia e inspira aqueles que buscam fazer a diferença no mundo através dos negócios de sustentabilidade e preservação do meio ambiente.

Andressa Paz é jurista, palestrante em diversos temas ligados à sustentabilidade e crédito de carbono e atuante na área ambiental, sustentabilidade, ESG e logística reversa. É consultora ambiental em em todo o processo de Gestão de resíduos sólidos e projetos descarbonização.  Especialista em direito empresarial, público e penal. Cofundadora da empresa Elemento Sustentável, especialista em soluções ambientais inteligentes.  Fundadora do movimento “amor ao elemento”, responsável pela propagação da consciência pela vida integrada com meios sustentáveis.

O presidente Nacional da UGT, Ricardo Patah, parabenizou o Secretário de Relações Internacionais, Lourenço Prado, pela realização do evento e enfatizou que “Seminários como esse trazem esperança e ajudam a construir um planeta sustentável, que respeite definitivamente a vida, mesmo que isso pareça invisível. Infelizmente, ainda há pessoas que não acreditam no aquecimento global, nas situações graves de desmatamento, na ocupação de terras indígenas. Então nós precisamos conscientizar os nossos 1380 sindicatos e milhões de trabalhadores vinculados a esses sindicatos, sobre esses temas.”

O Presidente da Contec, Lourenço Prado, agradeceu em nome da Secretaria Internacional da UGT, reforçando que esse seminário é uma importante forma de conscientização sobre a importância das mudanças climáticas e de atualização sobre a COP28, que será realizada em Dubai/Emirados Árabes, de 30/11 a 12/12/2023, e para a COP 30, que será realizada em Belém do Pará em 2025.

Durante o Seminário, as palestrantes apresentaram informações sobre o programa temático da COP 28, que foi projetado para unir as partes interessadas – todos os níveis de governos, jovens, empresas e investidores, sociedade civil, comunidades da linha de frente, povos indígenas e outros – em torno de soluções específicas que devem ser ampliadas nesta década, para limitar o aquecimento global a 1,5 grau, construir resiliência e mobilizar financiamento em escala. Houve a apresentação dos Tratados Internacionais que antecederam a COP 28, como a Conferência de Estocolmo (1972), Rio 92 e Cúpula da Terra (1992), Convenção UNFCCC (1994), Protocolo de Quioto (1997) e Acordo de Paris (2015).

O Balanço Global, estabelecido no Acordo de Paris, será apresentado pela primeira vez 2023, sendo uma oportunidade estratégica para correções na rota e ações da COP 28 com respostas, caminhos e soluções para 2030. Atualmente as metas são: reduzir as emissões de gases do efeito estufa, manter o aquecimento global abaixo de 2º C e, idealmente, abaixo de 1,5º C, construir resiliência aos impactos climáticos e alinhar apoio financeiro na escala e escopo necessários para combater a crise climática.

“É preciso promover de uma maneira efetiva, as mudanças que são imediatas e necessárias. Os governos, os cientistas, todos os povos, os líderes, todos eles precisam começar a instituir essa mudança de mentalidade dentro de cada contexto, de cada comunidade, de cada organização, instituição e levar isso adiante. “Afirmou Sílvia Mesquita.

Segundo o Balanço Global, as mais relevantes e urgentes necessidades de transformações sistêmicas para cortar emissões e garantir um futuro resiliente às mudanças climáticas são: Eliminar gradualmente os combustíveis fósseis; ampliar a energia renovável; Mudar os transportes e a indústria e reduzir as emissões que não sejam de CO2 como metano, por exemplo; preservar a natureza; acabar com o desmatamento e investir em agricultura sustentável.

Além disso serão avaliados na COP 28 os avanços climáticos de mitigação (esforços globais para reduzir a emissão de gases do efeito estufa), adaptação (medir a capacidade dos países em reduzir a vulnerabilidade aos impactos climáticos) e meios de implementação, incluindo financiamento, transferência de tecnologias e capacitação.

A gente precisa trazer esse debate para a mesa, para fazer com que todas as lideranças consigam enxergar os problemas climáticos do mundo. Dados da CNM mostram que 5,8 milhões de brasileiros foram afetados pelas chuvas e secas só em 2023.

As palestrantes também falaram sobre a economia de baixo carbono, que é um modelo econômico baseado na redução das emissões dos gases de efeito estufa, com o foco principal em diminuir, minimizar o impacto no meio ambiente. Ela visa o uso racional dos recursos naturais e a ampliação do consumo de energias renováveis.

Como destacar o Brasil com a Economia de Baixo Carbono:

1) Economia Circular:

– Implementar ferramentas para mensurar as empresas brasileiras em relação às melhores práticas, organizando uma base de dados de economia circular;

– Simplificar a logística reversa;

– Apoiar a implementação de requisitos de sustentabilidade nas compras públicas.

2) Conservação Florestal:

– Estimular a gestão de florestas;

– Ampliar a bioeconomia;

– Apoiar o uso sustentável dos recursos da biodiversidade;

– Colocar em prática o Código Florestal e acelerar o processo de regularização fundiárias.

3) Transição Energética:

– Estimular a Política Nacional de Biocombustíveis;

– Articular a destinação de investimentos nos programas de eficiência energética para a indústria;

– Criar um marco regulatório para a geração de energia eólica offshore;

– Promover o uso do hidrogênio verde;

– Apoiar a regulamentação da Captura e Armazenamento de Carbono;

– Expandir a recuperação energética a partir de resíduos sólidos.

4) Mercado de Carbono:

– Consolidar um mercado interno;

– Expandir a participação do Brasil no mercado mundial;

– Instituir uma estrutura de governança transparente e um sistema robusto de Mensuração, Relato e Verificação.

Participaram do Seminário: Ricardo Path – Presidente Nacional da UGT; Lourenço Ferreira do Prado – Secretário de RI da UGT e Presidente da CONTEC; Francisco Canindé Pegado do Nascimento – Secretário Geral da UGT; Sidney Paula Corral – Secretário de Integração para as Américas da UGT; José Francisco de Jesus Pantoja Pereira – Secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da UGT; Ana Paula Guedes – Assessora do Presidente da CONTEC e Secretária Adjunta de Cooperativismo e Empreendedorismo da UGT; Jéssica Alencar – Assessora de Comunicação da CONTEC; Cristina Palmieri – Engenheira Civil e formadora sindical na UGT; Wagner José de Souza – Secretário Adjunto de Relações Internacionais da UGT; Cícero Pereira da Silva – Secretário Adjunto de Relações Internacionais da UGT e Secretário de Formação Sindical e Educação – CSA; Professora Marina Silva; Nindberg Barbosa dos Santos – Presidente UGT AM

 

0
0
0
s2sdefault