Descubra por que a liderança feminina em empresas está estagnada e o que pode adiar a paridade de gênero até 2042. Ação urgente necessária - foto Paulinho Costa feebpr -

Recentemente, um estudo revelou uma preocupante estagnação no avanço das mulheres para posições de liderança em empresas de capital aberto nos Estados Unidos. Este fenômeno marca um contraste significativo com os progressos anteriormente observados ao longo das últimas décadas na busca por igualdade de gênero nos mais altos escalões corporativos.

A pesquisa, conduzida pela S&P Global Market Intelligence, analisou a presença feminina nas diretorias executivas e outros postos de liderança sênior, utilizando dados públicos e comunicados de empresas listadas no S&P Global Total Market Index. Os resultados indicam não apenas uma interrupção no crescimento mas, de forma surpreendente, um declínio no número de mulheres ocupando posições de diretoria executiva.

Por que a Representação Feminina em Cargos Executivos Está Regredindo?
O estudo destaca uma queda para 11,8% na participação feminina em posições de liderança executiva, uma redução ante os 12,2% registrados no ano anterior. Paralelamente, o aumento da representação feminina em cargos de liderança sênior como um todo foi de meros 0,5%, a taxa mais baixa em mais de uma década e significativamente abaixo da média histórica de 1,2%.

Um dos fatores apontados para essa desaceleração é a redução do foco em iniciativas de diversidade e inclusão por parte das empresas. O pico de discussões sobre diversidade e inclusão ocorreu em 2020, em meio à pandemia de Covid-19, mas desde então, as menções a estes temas em relatórios de lucros caíram para os níveis mais baixos desde 2012.

Quais São as Consequências Dessa Tendência Para a Paridade de Gênero?
A ambição de alcançar a paridade de gênero em cargos de liderança parece cada vez mais distante. Apesar dos avanços desde 2005, quando as mulheres ocupavam menos de 8% dos assentos em posições sênior, até alcançarem 22,3% em 2023, o progresso em direção à igualdade de gênero na C-Suite tem se mostrado mais desafiador.

O estudo da S&P sugere que, se a tendência de crescimento abaixo da média persistir, as previsões para atingir a paridade de gênero em posições de liderança sênior poderão ser adiadas em até sete anos, estendendo-se até 2042.

Como Reverter Essa Tendência?
Para combater essa estagnação, é crucial um esforço coletivo das empresas, enfatizando a importância de retomar e intensificar os esforços de diversidade e inclusão. A representação feminina em cargos de liderança não é apenas uma questão de justiça social, mas tem se mostrado benéfica para a inovação, a perspicácia comercial e o desempenho financeiro das empresas.

O ano de 2023 pode ser visto como um ponto de inflexão crítico onde, ou reforçamos os esforços para promover a igualdade de gênero no ambiente corporativo, ou corremos o risco de regredir em décadas de progresso. É essencial que este relatório sirva como um chamado à ação para líderes empresariais, promovendo o equilíbrio de gênero não apenas como um imperativo ético, mas como um componente chave para o sucesso e sustentabilidade de seus negócios.

·         Reavaliação de políticas de diversidade e inclusão.

·         Implementação de mentorias e patrocínios para talentos femininos.

·         Compromisso das lideranças com metas de representatividade.

 

A luta pela igualdade de gênero nos mais altos níveis de gestão corporativa é um esforço contínuo e exige dedicação e inovação constantes. Ao adotar medidas concretas e sustentadas, podemos garantir que a paridade de gênero seja não apenas um objetivo distante, mas uma realidade tangível e iminente. (Fonte: O Antagonista)

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