O resultado de R$ 4,211 bilhões ficou acima da média das projeções dos analistas consultados pelo Valor, que apontavam ganho de R$ 3,954 bilhões (Por Álvaro Campos, Valor — São Paulo)

O Bradesco teve lucro líquido recorrente de R$ 4,211 bilhões no primeiro trimestre, com alta de 46,3% na comparação com o quarto trimestre e queda de 1,6% ante igual período do ano anterior. O resultado ficou acima da média das projeções dos analistas consultados pelo Valor, que apontavam ganho de R$ 3,954 bilhões.

O lucro contábil foi de R$ 4,211 bilhões no primeiro trimestre, alta de 147,3% no trimestre e queda de 1,6% em 12 meses.

“O ano de 2024 é de transição e transformação para nós do Bradesco. Começamos a executar o plano estratégico que acelera e aprofunda as mudanças no banco, ao mesmo tempo em que a operação tem ganhado tração. As tendências observadas nos trimestres passados de queda da inadimplência e aceleração da originação de crédito se mantiveram”, diz o banco.

A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio trimestral (ROAE) atingiu 10,2%, de 6,9% no quarto trimestre e 10,6% no primeiro trimestre de 2023. O índice de Basileia ficou em 15,4%, de 15,8% no trimestre anterior e 15,1% um ano antes.

As despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) ficaram em R$ 7,811 bilhões no primeiro trimestre, com queda de 25,8% no trimestre e 17,9% em 12 meses.
A margem financeira somou R$ 15,152 bilhões, com recuo de 6,1% no trimestre e de 9,0% em 12 meses.

A receita de serviços somou R$ 8,861 bilhões, queda de 1,8% no trimestre e crescimento de 1,3% em 12 meses. As despesas operacionais totalizam R$ 13,360 bilhões, queda de 10,5% no trimestre e expansão de 4,4% em 12 meses.

Inadimplência
O banco encerrou o primeiro trimestre com inadimplência de 5,0% na carteira de crédito, ante 5,2% em dezembro e 5,1% em março do ano anterior. Excluindo o caso de um cliente do segmento large corporate que já está 100% provisionado, a inadimplência teria sido de 4,8%, ante 5,1% e 5,1%, na mesma base de comparação.

Já a taxa de calotes de pessoa física ficou em 5,5% no fim de março, ante 5,9% em dezembro e 6,3% no fim do primeiro trimestre de 2023. No caso de grandes empresas, o indicador estava em 1,5% no fim de março, de 1,1% e 0,2%, na mesma base de comparação. Em micro, pequenas e médias empresas (MPEs) a inadimplência foi de 6,4%, ante 6,8% e 6,2%.

De acordo com o Bradesco, houve melhora do indicador acima de 90 dias em todos os segmentos pelo terceiro trimestre consecutivo, com destaque para a redução nos segmentos de PF e MPEs, “em consonância com a qualidade das novas safras que tendem a apresentar um menor nível de atraso”.

A inadimplência de curto prazo (15 a 90 dias) ficou em 4,1% em março, de 4,1% em dezembro e 4,6% em março de 2023. Em PF, a inadimplência ficou em 5,2%, de 4,9% e 5,5%, na mesma base de comparação. Em grandes empresas, foi de 0,4%, de 1,3% e 1,4%. E em MPEs, de 4,4%, ante 4,6% e 5,1%.

Carteira de crédito
O Bradesco encerrou março com R$ 889,918 bilhões na carteira de crédito expandida. O saldo avançou 1,4% ao longo do primeiro trimestre e cresceu 1,2% na comparação com março do ano passado.

A carteira de empresas era de R$ 517,362 bilhões no fim de março, apontando alta de 1,1% em relação a dezembro e de 0,7% frente a março do ano passado. No trimestre, a linha de financiamento ao comércio exterior subiu 18,0%, a R$ 43,506 bilhões; avais e fianças aumentaram 0,9%, a R$ 106,236 bilhões; e capital de giro caiu 2,5%, a R$ 127,207 bilhões.

A carteira de pessoas físicas cresceu 1,9% no trimestre e 2,0% em 12 meses, para R$ 372,556 bilhões no fim de março. O segmento foi impulsionado pelas linhas de financiamento ao consumo, com R$ 254,829 bilhões (alta trimestral de 1,8%); crédito pessoal, com R$ 58,993 bilhões (+10,1%); e consignado, com R$ 93,727 bilhões (+2,1%).

Segundo o Bradesco, sua fatia de mercado no consignado INSS é de 16,5%. No consignado geral, o banco diz que grande parte do crescimento é originado por operações realizadas nos canais digitais, cujo saldo da carteira evoluiu 38% em 12 meses, representando cerca de 62% da carteira total. (Fonte: Valor Investe)

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