Informações dão conta de que banco espanhol pretende terceirizar cargos de Especialista de Serviços e Gerente de Empresas, a partir do ano que vem. Sindicatos acusam que prática é contratação fraudulenta de mão-de-obra - foto Paulinho Costa feebpr - 

O movimento sindical bancário tem recebido em várias regiões do Brasil reclamações de funcionários do Santander preocupados com a possível terceirização do cargo de ES (Especialista de Serviços) e pejotização do E1 (Gerente Empresas 1). Segundo os relatos, a terceirização do setor ocorreria a partir do segundo semestre de 2025 e a pejotização dos E1 até 2027.

Esta previsão tem trazido muita apreensão entre os bancários do grupo espanhol no Brasil.

"Como se não bastassem as demissões, adoecimento dos funcionários por sobrecarga de trabalho e pressão por metas e práticas antissindicais, o Santander intensifica o processo de terceirização e pejotização utilizando as próprias empresas da holding. O banco quer impor a redução média dos salários e retirar os direitos da categoria previstos na nossa Convenção Coletiva de Trabalho através da terceirização", criticou o diretor do Sindicato do Rio e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Marcos Vicente.

Reestruturação fraudulenta
O banco respondeu verbalmente negando aa informações dessas terceirizações. No entanto, os sindicatos cobram do banco mais transparência e um compromisso oficial com os trabalhadores que garanta os empregados e direitos dos bancários e bancárias para tranquilizar os funcionários.

Os dirigentes sindicais reiteraram ainda sua posição contrária à reestruturação fraudulenta que ocorre no banco, prática que levou o Santander a ser condenado várias vezes pela Justiça do Trabalho.

"Esse avanço da terceirização no banco é fruto da reforma trabalhista feita pelo governo Michel Temer, que permitiu terceirizar também nas áreas fins. Precisamos também de uma mobilização nacional para cobrar do governo federal e do Congresso Nacional a revogação dessa terrível reforma nas regras da legislação trabalhista e defender o emprego decente", conclui Vicente. (Fonte: Seeb Rio)

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