Aconteceu na tarde desta terça-feira (18), em São Paulo, mais uma negociação entre a COE/CONTEC e o Santander, visando a renovação do acordo aditivo à CCT (Convenção Coletiva de Trabalho).

Pela COE/CONTEC participaram os seguintes dirigentes: Gustavo Walfrido (FEEB PE/AL/RN), Marcos Vascon e Marconi (SEEB Marília/SP), João e Ronaldo (SEEB S. J. dos Campos/SP), Barbosa (Delegacia da CONTEC/RS), Sílvio Sene-Biriba, Denizar Paixão-Batata e Rogério Marques (SEEB Franca/SP).

Já o Santander foi representado por Fabiana Ribeiro (Superintendente de Relações Sindicais), Marcos Schimitz, Maitê e Renato Ribeiro.

Logo no início da reunião os representantes do Santander afirmaram que a proposta apresentada hoje seria a final e que a redação ajustada do acordo seria enviada às entidades sindicais até amanhã (19/11). A vigência do acordo proposto é de dois anos, ou seja, até agosto de 2016.

Os principais pontos do acordo são os seguintes:

- Licença adoção: Adequação para empregados e inclusão de homoafetivos;

- Igualdade de oportunidades: Garantia de acesso democrático às vagas e o estabelecimento de um Grupo de Trabalho (GT), composto por quatro representantes do banco e quatro representantes do movimento sindical, que discutirá os dados estatísticos relativos ao tema;

- Auxílio educação: Manutenção da concessão de 2.500 bolsas de estudo. A novidade é que deste total, 2.000 serão destinadas à primeira graduação e 500 para a pós-graduação.

Caso não seja atingido o montante destinado à primeira graduação, as vagas remanescentes poderão ser remanejadas para a pós. Quanto aos critérios de concessão, o banco vai avaliar a possibilidade de alterar as prioridades do processo de seleção, nesse caso substituir a antiguidade pelos menores salários. A proposta do Santander prevê ainda o reajuste de 8,5% para o benefício, cujo teto passaria para R$ 480,00 em 2015. Para o ano de 2016 seria aplicado o mesmo índice de reajuste da categoria no próximo ano;

- Santanderprevi: Manutenção do Grupo de Trabalho, com conclusão dos trabalhos até abril/2015, acatando reivindicação das entidades sindicais;

- Plano de Saúde: Para os demitidos, após o término do prazo previsto na CCT para a utilização do plano de saúde, fica garantida a permanência no plano conforme o previsto na Lei 9.656/98. A opção deverá ser feita em até 30 dias após a data do desligamento;

- Condições de trabalho: Estabelecimento de medidas que visem o aprimoramento da relação trabalhista entre a empresa e seus funcionários. O objetivo é tornar esta relação equilibrada, responsável, respeitosa e ética, com foco na gestão orientativa por parte dos gestores.

Neste item destacam-se as seguintes orientações:

a) Evitar o tom de cobrança nas atividades

b) Não expor equipes ou funcionários individualmente em reuniões de trabalho

c) Redução de calls de acompanhamento e planilhas de controle

d) Restringir as reuniões de planejamento ao horário da manhã e limitadas a 30 minutos. Estas reuniões deverão ocorrer durante a jornada de trabalho e sem caráter exclusivo de acompanhamento de produção

e) Proibição de ranking nominal nas dependências

f) Proibição de condutas que exponham negativamente o funcionário, como castigos e brincadeiras

g) Fim da divulgação de ranking individual, inclusive por email

h) Não cobrar resultados e metas por mensagens no telefone particular do funcionário i) As medidas também focarão a adoção de práticas perante os clientes, como venda responsável de produtos, divulgação das tarifas e taxas de produtos e serviços e oferecimento somente de vantagens e serviços que estejam alinhados com a Política Interna

- PPRS: O Santander propõe os valores abaixo

2014 – R$ 1.858,00 (Pagamento até março/2015)

2015 – R$ 2.016,00 (Pagamento até março/2016)

Os Sindicatos agora submeterão as propostas às assembleias e em caso de aprovação, o acordo deverá ser assinado no dia 28 de novembro. (Fonte: Seeb Franca)
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