Não é a primeira vez que um banco se envolve em empréstimos estatais e é julgado por não honrar seus compromissos. Em 1995, o Banco Econômico de Angelo Calmón de Sá estava em dificuldades econômicas. A instituição recebeu então ajuda de R$ 3 bilhões do Banco Central, por meio do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer).

O agravante é que entre maio e junho daquele ano, o banco fez empréstimos fraudulentos e remessas ilegais de dinheiro para o exterior, movimentando mais de R$ 98 bilhões em operações apontadas como ilegais. O dinheiro não bastou para evitar a intervenção do Banco Central. O banco entrou em liquidação judicial no ano seguinte.

Em julho deste ano de 2014, ex-dirigentes do Banco Econômico foram condenados a sete anos de prisão por crimes contra o sistema financeiro. A decisão do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1) incluiu Calmon de Sá, e o ex-vice presidente, José Roberto de Azevedo.

No julgamento, que ocorreu dia 8 de julho, Calmon de Sá foi condenado por gestão fraudulenta, mas foi absolvido por dois outros crimes que prescreveram pelo fato de o réu ter mais de 70 anos.

Os ex-dirigentes do Banco Econômico também foram condenados a pagar cerca de R$ 600 mil de multa cada um, em valores ainda não corrigidos. (Fonte: JB Obline)
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