A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informa, por meio da assessoria de imprensa, que o dano das explosões força as instituições financeiras a reformarem os locais e a reporem os equipamentos danificados, sem reaproveitamento de peças ou maquinário. “Esse prejuízo não é somente da rede bancária, mas de toda a população que depende do serviço”.
A Federação alega que a ação de segurança permitida pela legislação é insuficiente frente à violência empregada. “É necessário combater as causas desses crimes. Em primeiro lugar, impedindo que os bandidos tenham acesso fácil a explosivos, como vem acontecendo há três anos. Em segundo lugar, desbaratando as quadrilhas, o que se faz com ações de inteligência. Em terceiro lugar, dificultando o acesso dos bandidos ao produto do crime”, diz.
Facilidade
Uso de dinamites é comum apenas no Brasil
Em outros países, também são registrados ataques a caixas eletrônicos, mas em menor proporção. O detalhe é que os criminosos não usam dinamites, no máximo gás de cozinha, como aconteceu em Portugal neste ano. Rogério Camargo, diretor executivo da AlarmTek, empresa que desenvolve equipamentos de segurança, afirma que o acesso a dinamites no Brasil é extremamente facilitado. “O bandido enfia uma banana de dinamite no local de saída de dinheiro, acende o pavio e, em segundos, tem acesso ao interior do caixa eletrônico”, diz.
Acesso fácil
O diretor do Sindicato dos Bancários de Curitiba, Reginaldo Cavalcanti, critica a facilidade para conseguir dinamite no país. “Virou uma festa para a bandidagem: é fácil conseguir dinamite e o sistema de segurança das agências não impede essas ações”, fala. O delegado do Cope da Polícia Civil Luiz Alberto Cartaxo Moura afirma que as equipes policiais têm intensificado as ações contra esse crime. “Desde abril prendemos 37 pessoas, de diferentes quadrilhas”, diz. (Fonte: Gazeta do Povo)