As centrais, representantes dos trabalhadores exigem a retirada imediata das propostas de reforma trabalhista e da Previdência em tramitação no Congresso
As centrais sindicais brasileiras confirmaram a realização da Marcha da Classe Trabalhadora a Brasília, o #OcupaBrasília, agendada para quarta-feira 24. As representações dos trabalhadores exigem a retirada imediata das propostas de reforma trabalhista e da Previdência em tramitação no Congresso Nacional.

Será a terceira mobilização depois da crise que atingiu em cheio o governo Temer após divulgação de áudios sobre uma reunião do presidente com Joesley Batista, um dos donos do frigorífico JBS.
A marcha está sendo organizada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), UGT (União Geral de Trabalhadores), Força Sindical, NCST (Nova Central Sindical dos Trabalhadores), CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), Intersindical, CSP-Conlutas e CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros).
Crise e suspensão
As reformas trabalhista (PLC 38/2017) e da Previdência (PEC 287) tiveram seus trâmites suspensos pelos relatores das propostas logo depois da divulgação de áudios sobre uma reunião de Temer com Joesley Batista. Na segunda 22, porém, a trabalhista teve anunciado o retorno de seu trâmite pelo relator da matéria, Ricardo Ferraço (PSDB-ES).
A proposta, que representa na prática o fim dos direitos previstos na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), já foi aprovada pela Câmara e agora espera análise das Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Assuntos Sociais (CAS) do Senado.
A reforma da Previdência, que na prática acaba com a aposentadoria pública no país, permanece paralisada na Câmara dos Deputados. O relator da PEC 287, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), alegou em nota que "não há espaço para avançarmos com a Reforma da Previdência no Congresso Nacional nessas circunstâncias'.