Decisão tem relação com o anunciado na noite de segunda-feira de colocar o rating soberano em revisão para um possível corte 
A agência de classificação de risco Standard & Poor's colocou os ratings da cidade do Rio de Janeiro e dos Estados de São Paulo e Santa Catarina em observação para possível rebaixamento. A decisão é resultado da decisão da S&P de ontem de colocar o rating soberano do Brasil em observação, também para possível rebaixamento.

A agência lembra em comunicado que os ratings da cidade e dos dois Estados estão no mesmo patamar do rating soberano do País. Os ratings em escala nacional das três administrações locais também foram colocados em observação para possível rebaixamento. "Nós não acreditamos que essas entidades poderiam ter um rating maior que o do soberano", argumenta a S&P.

No caso do Brasil, a agência apontou o maior risco de uma ruptura ou de uma solução lenta para a crise política, o que poderia minar a capacidade da classe política para avançar em medidas de correção econômica em um ritmo apropriado, enquanto os desafios econômicos e fiscais continuam a se avolumar.

Os ratings globais de longo prazo do Estado de São Paulo, de Santa Catarina e da cidade do Rio de Janeiro são BB, como o do Brasil. A S&P diz que a observação para possível rebaixamento deve ser decidida em até três meses. Caso o cenário positivo para os ratings do Brasil se materializem nos próximos 90 dias, a agência diz que pode reafirmar os ratings de São Paulo, Santa Catarina e da cidade do Rio. Caso contrário, os ratings podem ser rebaixados.

Além disso, a agência também colocou o rating de 38 instituições financeiras brasileiras em observação negativa. A ação reflete o aumento do risco que uma resolução disruptiva ou a demora dos recentes desenvolvimentos no cenário político prejudiquem a habilidade da classe política em avançar nas medidas de correção em tempo oportuno, e comprometa a recuperação econômica, elevando o risco para o setor financeiro.

Segundo a S&P, os ratings de 25 das 38 instituições são limitados pela nota soberana e devem ser alterados posteriormente. A agência colocou o rating de outras 13 entidades, cujas classificações não estão limitadas pela nota soberana, em observação negativa, enquanto avalia o potencial mais fraco das perspectivas de crescimento econômico que poderiam afetar o investidor e a confiança da população e nos resultados financeiros dessas entidades. (Fonte: InfoMoney)

Confira as 38 instituições:

1 ­ Caixa Econômica Federal 
2 ­ BNDES 
3 ­ BNDESPar 
4 ­ Banco do Brasil 
5 ­ Ativos S.A. 
6 ­ Bradesco 
7 ­ Bradesco Capitalização 
8 ­ Itaú Unibanco Holding 
9 ­ Itaú Unibanco 
10 ­ B3 
11 ­ GP Investments 
12 ­ Haitong Banco de Investimento do Brasil 
13 ­ Santander Brasil 
14 ­ Banco Olé Bonsucesso Consignado 
15 ­ Banco do Nordeste 
16 ­ Banco ABC Brasil 
17 ­ Safra 
18 ­ Votorantim 19 ­ BV Leasing Arrendamento Mercant

20 ­ BTG Pactual 
21 ­ BRB ­ Banco de Brasília 
22 ­ Daycoval 
23 ­ Banco do Estado do Pará 
24 ­ Paraná Banco
25 ­ Banco do Estado do Rio Grande do Sul 
26 ­ China Construction Bank Brasil Banco Múltiplo 
27 ­ Banco Pan 
28 ­ Banco de Tokyo­Mitsubishi UFJ Brasil 
29 ­ Banco Morgan Stanley 
30 ­ JP Morgan 
31­ Banco Toyota 
32 ­ BNP Paribas 
33 ­ Banco Volkswagen 
34 ­ Citibank 
35 ­ Banco Paulista 
36 ­ Banco Pine 
37 ­ Banco Intermedium 38 ­ Caruana S.A.

 

 

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