Defendida por banqueiros, desmonte de Temer contra direitos trabalhistas deve ser votada na Comissão de Assuntos Econômicos nesta terça-feira. Se aprovado, texto passará por mais duas comissões antes de ir ao plenário do Senado; trabalhadores devem aumentar mobilização: nova greve geral no dia 30

São Paulo - As reformas capitaneadas por Temer têm por trás o interesse do mercado financeiro, dos rentistas, banqueiros, da Fiesp, CNI e outros setores patronais dos mais ricos do país. Se esse desmonte contra os direitos dos trabalhadores ainda não passou, foi graças à mobilização nas ruas. E a luta tem de continuar, ainda mais força!

Mesmo em meio a um caos político sem precedentes – no qual o presidente da República é suspeito de corrupção, cobrança e pagamento de propinas, assim como boa parte da base aliada no Congresso – o governo Temer insiste em levar adiante suas “reformas” que, se aprovadas, acabam com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e com o direito à aposentadoria.

A reforma trabalhista (PLC 38/2017), com tramitação mais adiantada que a reforma da Previdência, deve ser votada nesta terça-feira 6, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) - mande e-mail exigindo dos senadores que votem contra (veja abaixo). Se aprovado, o texto terá de passar por mais duas comissões antes de ir ao plenário do Senado: Assuntos Sociais (CAS) e Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Uma vez no plenário, o projeto necessita de maioria simples – ou seja, metade dos votos mais um –, em turno único, para ser aprovado e seguir para sanção presidencial.

“O momento é de aumentar cada vez mais a mobilização. Não podemos permitir que os parlamentares acabem com os direitos dos trabalhadores (veja no quadro abaixo) aprovando uma reforma proposta por um presidente ilegítimo, que tenta suas últimas cartadas para agradar o mercado e se manter no cargo”, enfatiza a secretária-geral do Sindicato, Ivone Silva.

A dirigente lembra que banqueiros têm defendido as “reformas” de Temer por meio de declarações públicas e notas oficiais das instituições que comandam. “Propagam a falsa ideia da `modernização´ das leis, mas o que querem é lucrar ainda mais acabando com os direitos dos trabalhadores.  Nós, bancários, temos de lutar no campo oposto e enterrar de vez o desmonte das relações de trabalho no Brasil.”

Greve geral dia 30 – E vem aí uma nova greve geral contra a retirada de direitos. As centrais sindicais definiram a data para 30 de junho.  No dia 20, ocorre o esquenta para a greve geral com atos e panfletagens em todo o país.

 “Mas, se o Congresso Nacional, mesmo com tudo que temos feito, resolver antecipar a votação das reformas, vamos antecipar também as mobilizações”, alerta o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.

“Vamos parar o Brasil mais uma vez, para que os parlamentares entendam de uma vez por todas que, se aprovarem a retirada dos nossos direitos em benefício dos setores mais ricos do país, nunca mais serão eleitos”, conclui Ivone.

Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região

 

 

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