Um grupo de candidatos do concurso Caixa reivindica a ampliação do cadastro de reserva. A justificativa é a necessidade de mais funcionários na Caixa Econômica Federal do que o número de vagas oferecido no edital.
Os candidatos em questão não foram classificados entre as vagas imediatas e nem no cadastro de reserva.
A Fundação Cesgranrio corrigiu três vezes mais redações do que o número de vagas. Porém, o edital trouxe uma cláusula de barreira, eliminando do concurso todos os que excederem as vagas imediatas e o cadastro de reserva.
"Sendo assim, mesmo que algumas pessoas desistam da vaga ou que surjam novas vagas durante o período de vigência do concurso, ninguém mais será convocado", alega o grupo de candidatos, em documento enviado à reportagem do Qconcursos Folha Dirigida.
O pedido então é para a ampliação do cadastro de reserva, para que os aprovados sejam chamados conforme a necessidade da Caixa Econômica Federal, dentro do prazo de validade do concurso.
Para isso, o grupo questiona a cláusula de barreira, que limita o número de aprovados. Segundo esses candidatos, o processo em si é legal, mas há contradições.
"O que não é legal é a cláusula de barreira que excluirá candidatos aprovados, excedentes, da classificação final. Essa cláusula traz prejuízo para a Administração Pública, pois restringe o número de cadastro reserva. Na primeira abstenção/vacância, a Caixa já estará diante da necessidade de outro concurso", diz o grupo.
Vale reforçar que, na jurisprudência vinculante do Supremo Tribunal Federal (STF), são constitucionais as cláusulas de barreira de concurso público, no que estipulam condições para o prosseguimento de candidatos nas demais fases da seleção.
Por enquanto, a Caixa Econômica não manifestou qualquer mudança na oferta do concurso.
Segundo o grupo de candidatos, o atual concurso só conseguirá prover as vagas abertas no Programa de Demissão Voluntária (PDV).
No entanto, segundo a categoria, mais de 14 mil postos estão vagos na Caixa. Para a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), o concurso feito poderá não ser suficiente para suprir o déficit.
Vale reforçar que, apesar dos cargos vagos citados, os bancos têm se modernizado, apliando as áreas de Tecnologia, e, com isso, o número alto de cargos vagos nem sempre refletirá a necessidade real do banco frente aos avanços tecnológicos.
Concurso Caixa oferece 4.050 vagas
O edital do concurso da Caixa conta com uma oferta total de 4.050 vagas para novos efetivos.
Desse quantitativo, 4 mil são para os cargos de técnico bancário (tradicional e TI) e 50 para os postos de engenheiro de segurança do trabalho e médico do trabalho.
Para o técnico bancário, a exigência é o nível médio completo, independentemente do perfil de escolha (tradicional ou de TI). Os ganhos, neste caso, podem chegar a R$5.575,54.
Já as 50 vagas restantes têm como requisito a graduação na respectiva área desejada. A remuneração do médico e do engenheiro de segurança do trabalho poderá chegar a R$16.728,80.
Os editais trouxeram a distribuição das vagas por região, com oportunidade em todos os estados.
Além do salário inicial e do auxílio-alimentação, o aprovado ainda fará jus ao vale-transporte e diversos benefícios, como assistência à saúde, previdência complementar e auxílio-creche (R$602,81).
Veja a seguir:
· auxílio-alimentação e refeição - R$1.014,42;
· auxílio cesta alimentação - R$799,38;
· 13º cesta alimentação - R$799,38;
· auxílio creche/auxílio babá - R$602,81;
· assistência à saúde; e
· previdência complementar.
O concurso conta com reserva de vagas para deficientes (6%) e negros (20%).
A estimativa é que 2 mil aprovados já sejam nomeados neste segundo semestre, ficando os demais para 2025.
"Temos que consolidar 1º a entrada dessas pessoas. A expectativa é de entrarem 2 mil novos empregados no 2º semestre e outros 2 mil no ano seguinte. Mas é um concurso importante. Há dez anos que a Caixa não realizava (concursos)", afirmou o presidente da Caixa, Carlos Vieira, em entrevista ao Qconcursos Folha Dirigida.
Provas do concurso Caixa foram realizadas em maio
Com exceção do Rio Grande do Sul, as provas do concurso Caixa foram aplicadas no dia 26 de maio.
Para o cargo de técnico bancário, de nível médio, foram cobradas 60 questões, sendo 25 de Conhecimentos Básicos e 35 Específicos.
Com a homologação do resultado final, passará a contar o prazo de validade do concurso, que será de um ano podendo ser prorrogado por mais um.
Em resposta ao Qconcursos Folha Dirigida, o presidente da Caixa, Carlos Vieira, disse que deseja iniciar a convocação dos primeiros aprovados no mês de setembro, logo após a divulgação do resultado final do concurso, previsto para agosto.
"Agora é aguardar o resultado, em meados de agosto acontece. E, em setembro, iniciamos o processo de chamamento dos novos concursados da Caixa", informou Carlos Vieira.
Atenção! Os prazos acima não incluem os candidatos do Rio Grande do Sul, que ainda não realizaram as provas objetivas e discursivas do concurso. Isso porque a aplicação foi suspensa no estado em função das fortes chuvas e enchentes, no início de maio.
A Caixa Econômica Federal informou que ainda está monitorando a situação no Rio Grande do Sul para marcar a nova data de aplicação das provas. (Fonte: Qconcursos)
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