O IPCA-15, prévia da inflação oficial do País, ficou em 0,17% em julho, inferior à taxa de 0,47% de junho, mas superior à de julho do ano passado (0,07%). Com o resultado, o indicador acumula uma inflação de 4,17% de janeiro a julho. Já a taxa em 12 meses encerrados também em julho, ficou em 6,51% - superando, assim, o teto da meta do governo, de 6,5% neste ano. O índice foi divulgado, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dentre as principais capitais, Fortaleza foi a única a não apresentar alterações na passagem mensal, enquanto Belém foi a única a apresentar deflação no período (recuo de 0,13%). Entre as maiores altas, estão Recife (0,71%), Porto Alegre (0,41%) e Salvador (0,25%). No acumulado entre janeiro e julho, a capital cearense continua com a inflação de 3,89%, e com o terceiro maior índice entre os estados da região Nordeste. Nessa base de comparação regional, aparecem Recife (com alta acumulada de 5,16%), e Salvador (4,30%).

Ainda com relação a Fortaleza, entre os índices que contribuíram para a estabilidade inflacionária, no mês de julho, estão as reduções de preços observados, como no grupo alimentação e bebidas (0,66%) e alimentação no domicílio (0,77%). Entre as principais reduções, aparecem hortaliças e verduras (4,35%) - com destaque para cheiro verde, com recuo de 5,45%; carnes (2,69%) - com destaque para a carne de carneiro (6,27%) e acém (4,44%). No entanto, entre as altas observadas, destacam-se os pescados (3,58%); combustíveis (2,32%), principalmente na gasolina (2,88%); despesas pessoais (1,32%), e recreação (3,78%, com destaque para diárias de hotel, cujas elevações observadas foram a maior do País, com 57,95% – bem acima da média nacional (28,63%), segundo o IBGE.

DESTAQUES
No País, em julho - embora em uma intensidade menor que os 0,47% observado em junho, inferior já ao de maio (0,58%) -, a elevação de 0,17% do IPCA-15 foi provocada, principalmente, pelo comportamento dos alimentos - que apresentou deflação de 0,03% -, um dos dois mais importantes grupos de despesas das famílias. Esse recuo intensifica uma tendência de taxas mais baixas já vista em meses anteriores. Em seguida, vem o grupo de transportes, que registrou uma queda expressiva de 0,85% em julho, após subir 0,5% em junho.

A forte queda do grupo transporte refletiu a queda de 26,77% dos preços das passagens aéreas diante dos descontos praticados para voos após a Copa, quando as tarifas subiram. No caso de alimentos, muitos produtos ficaram mais baratos em julho. As maiores reduções foram registradas na batata inglesa (13,23%), no tomate (11,63%), no feijão fradinho (8,04%), na cenoura (7,67%), no feijão carioca (7,44%), na cebola (6,36%), nas hortaliças (5,33%), no feijão preto (5,32%) e na farinha de mandioca (4,60%).

Também tiveram deflação em junho, ao lado de alimentos e transportes, educação (0,7%) e comunicação (0,10%) – este último por conta de preços menores de telefonia. No caso da educação, o IBGE sempre faz uma revisão do custo das mensalidades no meio do ano e constatou essa ligeira queda. A maior parte dos aumentos, porém, se concentra em fevereiro.

De todos os grupos, apenas habitação (de 0,29% em junho para 0,48% em julho) e despesas pessoais (de 1,09% para 1,74%) deixaram de mostrar desaceleração ou queda de preços. Com relação à habitação, as principais pressões foram exercidas pela energia elétrica (1,35%), condomínio (0,98%) e aluguel (0,92%). Ainda nesse grupo, registra-se a queda de 2,36% na taxa de água e esgoto mesmo com alta nas regiões metropolitanas de Salvador (5,99%), onde o reajuste de 7,80% está em vigor desde o dia seis de junho; Fortaleza (1,78%), reajuste de 7,30% a partir do dia 06 de julho; e Porto Alegre (1,25%), reajuste de 6,00% vigente a partir de primeiro de julho.
Fonte: Portal O Estado - Ce
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