O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) apurou lucro líquido de R$ 326 milhões no primeiro semestre de 2014. O resultado, 63% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, representa praticamente o todo o valor alcançado em 2013 e pode chegar aos R$ 777 milhões no fim do ano.

“Estamos batendo todas as metas”, comemorou o presidente Nelson de Souza, acrescentando que o volume de crédito no segundo semestre é bem maior e que a recuperação de dívidas, como a do Hotel Esplanada, nem está contabilizada neste balanço.

O banco renegociou R$ 351,5 milhões em operações, sendo que as receitas obtidas com recuperação de crédito no semestre somaram R$ 42,6 milhões. Além de melhoria na cobrança, com execução de débitos acima de 120 dias, ele destaca que o BNB já tem 96% de propostas de financiamento do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para liberar ou completar a análise.

Adianta que tem projeto de shopping, hotel, fábrica de cimento, de bebidas, dentre outros. Ao todo, o banco realizou 2,2 milhões de operações de crédito, correspondentes a R$ 9 bilhões em financiamentos concedidos para todos os setores da economia. A expectativa é que possa aplicar até o final deste ano os R$ 27 bilhões que estão no orçamento, mas podendo chegar até R$ 30 bilhões.

Souza ressalta que, do total contratado, R$ 4 bilhões foram com recursos do FNE, principal funding e que continua sendo exclusivo do banco. Por meio do fundo, o BNB realizou 214 mil operações no semestre. Em relação a crédito de curto prazo, o programa de microcrédito urbano do Banco do Nordeste (Crediamigo) lidera, seguindo sua trajetória ascendente. Alcançou crescimento de 24,5% no semestre, com R$ 3,3 bilhões emprestados. Já o Agroamigo, voltado para agricultores familiares, superou a marca de R$ 2 bilhões em sua carteira ativa, registrando crescimento de 19,7% em relação a dezembro do ano passado.

Microempresa
O presidente do BNB também destacou, ontem durante entrevista coletiva para apresentar o balanço, a diminuição em quase 50% da necessidade de provisionamento, reduzida de R$ 789,9 milhões no primeiro semestre de 2013 para R$ 395,8 milhões no mesmo período de 2014.

Ele também ressalta a celeridade no processo de empréstimos concedidos às Micro e Pequenas Empresas (MPEs) com a implantação do sistema automatizado de cálculo de limite de crédito - o credit score. O tempo médio de espera é de quatro dias.

Souza afirma que também pretende lançar, ainda neste ano, o cartão BNB para a micro e pequena empresa. Em julho, o banco superou a marca de R$ 1 bilhão contratados junto a MPEs com recursos do FNE. O valor é 17% maior que o destinado ao segmento entre janeiro e julho de 2013. Ao todo, mais de 11 mil operações com MPEs foram efetivadas nos sete primeiros meses de 2014. A meta é contratar mais de R$ 1,5 bilhão com MPEs, utilizando o FNE.

NÚMEROS
326 milhões de reais foi o lucro líquido do BNB no primeiro semestre

Balanço
R$ 1,6 bilhão. Em operações foi o montante contratado pelo BNB no Ceará, com destaque para a concessão de crédito às MPEs

R$ 242,8 milhões. Foi o valor total do crédito concedido para MPEs durante o primeiro período de 2014 no Estado do Ceará

22,2%. Foi a rentabilidade média anualizada que o BNB alcançou no primeiro semestre de 2014, contra 16,2% obtidos nos primeiros seis meses de 2013.

R$ 3,2 bilhões. Foi o valor do Patrimônio Líquido, em jun/2014, o que mantém o banco numa situação confortável frente às exigências do Acordo de Basileia III.
Fonte: Portal O Povo
0
0
0
s2sdefault