Pelo segundo mês consecutivo, a economia brasileira apresentou contração. Pela métrica do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), a atividade encolheu 1,48% em junho, após retração de 0,8% em maio (dado revisado de queda de 0,18%), considerando a série com ajuste sazonal. No segundo trimestre, a queda foi de 1,2% sobre os três primeiros meses do ano, quando a indicador tinha apontando retração de 0,02%.

A variação mensal ficou acima da projeção média feita pelas 18 instituições consultadas pelo Valor Data, que sugeria queda de 1,6% para o indicador. O intervalo de projeções variava entre recuo de 0,5% a 2,5%. A previsão feita pelas instituições ouvidas pelo Valor Data leva em consideração a retração de 1,4% da produção industrial em junho e o resultado das vendas no varejo, de retração de 0,7% no mesmo período.

Sobre junho do ano passado, o IBC-Br aponta baixa de 2,15% na série sem ajuste e declínio de 2,68% com ajuste. No ano, o crescimento é de 0,13%, sem ajuste. Em 12 meses, o avanço é de 1,5% e de 1,41% sem ajuste.

Devido às revisões constantes do indicador, o IBC-Br medido em 12 meses é considerado mais estável do que a medição mensal, assim como o próprio PIB.

O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços). A estimativa do IBC-Br incorpora a produção projetada para os três setores acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.

No Relatório de Inflação de junho, o BC previu crescimento de 1,6% para a economia brasileira em 2014, dado revisado de projeção inicial de 2%. Os analistas consultados pelo BC no Boletim Focus estimam avanço de 0,81%.
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