As instituições financeiras cortaram 18.123 postos de trabalho na última década – 5.512 só nos últimos 12 meses, o que para a Fenaban “não é muito alto”. Enquanto isso, terceirizam uma série de serviços.

“Isso é um absurdo para um setor que ganha tanto, mas a única preocupação dos bancos na mesa foi questionar nossos dados, que são públicos e apurados junto ao Ministério do Trabalho”, relata a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira.

O movimento sindical criticou o que considera ser uma reestruturação feita pelos bancos para lucrar mais, extinguindo empregos. E cobrou o fim desse corte de vagas colocado em prática especialmente pelas instituições privadas.

Para a Fenaban, os trabalhadores é que trocam de empresa diante da qualidade do trabalho e por melhores salários. Mas os representantes das instituições financeiras não souberam informar de onde retiraram esses dados.

“Nós levamos à mesa números reais que apontam uma grande injustiça cometida pelos bancos. Só no primeiro semestre, o lucro líquido do setor cresceu 17,7%; a receita com prestação de serviços e tarifas por empregado aumentou 11,1%; a carteira de crédito subiu 14,4% e o número de contas correntes por empregado foi elevado em 4,6%. Mas o número de bancários por agência caiu 2,2%”, informa Juvandia, questionando o que os bancos chamaram de “ajuste”. “Esse tal ajuste é de fato uma forma de aumentar os lucros.”

De acordo com a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE), mais de um milhão de trabalhadores atuam no setor financeiro, mas pouco mais de 500 mil são bancários, com os salários e direitos do setor. (Fonte: SEEB SP)
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