Nesta quarta-feira (1º), segundo dia da greve nacional dos bancários, a população do Distrito Federal demonstra apoio e compreensão ao movimento paredista. Para clientes e usuários, a paralisação é reconhecida como justa e necessária. Muitos admitem não saber o motivo de os trabalhadores cruzarem os braços, mas assim que são informados não hesitam em dizer que entendem que a categoria tem o direito de lutar por condições dignas de trabalho.

É o caso do estudante de engenharia mecatrônica Jeandro Airton, 20 anos. Morador da região administrativa de Santa Maria, ele ficou decepcionado ao chegar, nesta quarta (1º), na agência do Banco do Brasil da 516 Sul, e encontrar as portas fechadas. Mas se conformou ao ser informado das reivindicações dos bancários. “Eu não sabia da paralisação. Mas está certo, acho que todas as categorias devem lutar para conquistar melhores condições de vida”, ressaltou.

Já o comerciante João da Silva, 58, morador de Formosa (GO), que é correntista do Banco do Brasil há mais de 20 anos, também apoia a greve dos bancários. “Eu sempre reclamo das filas enormes. E reconheço que a paralisação é necessária para fazer os banqueiros entenderem que precisam contratar mais funcionários, principalmente, para oferecer um melhor atendimento à população”, disse ele, ao apoiar a greve dos bancários.

“É um direito dos bancários paralisar as atividades para pressionar os bancos em busca de mais e melhores condições de trabalho”, endossou a estudante do ensino médio Larissa Pires, 18. Moradora da região administrativa de Samambaia, ela acrescentou que toda a população deveria prestar seu apoio à categoria. “São reivindicações justas, especialmente o item sobre mais contratações, pois significa melhor atendimento aos clientes e usuários”, observou.

Nozira Ferreira, 54, mora na região administrativa de Sobradinho II, onde não existem agências do Banco do Brasil e do Itaú. Sempre que precisa utilizar algum serviço bancário, Nozira tem de se deslocar até Sobradinho I. “Isso, sim, é que é um transtorno, além da demora do atendimento, por conta das filas enormes. Quanto à paralisação, considero compreensível. Todos têm o direito de lutar por seus direitos”, comentou a cozinheira, que, no momento, está desempregada.

“Nós temos que nos solidarizar com os bancários. É uma luta digna e legítima. Entendo que nem sempre as greves são somente por razões financeiras”, destacou a psicóloga Sheila Miranda, 66, moradora do Lago Sul. Ela ressaltou que apoia totalmente os bancários. E acrescentou: “eles têm de reivindicar melhores condições de vida, um plano de carreira, mais contratações, um programa que inclua atividades de lazer e redução nas horas trabalhadas, porque estão muito sobrecarregados”.

“É difícil, mexe com a nossa rotina. Mas, entendo que os bancários têm direito a fazer suas reivindicações para conquistar mais benefícios. Portanto, acho a paralisação justa, e a categoria tem o meu apoio”, frisou a aposentada Liana Holanda, 60, moradora da Asa Sul. (Fonte: SEEB Brasília)
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