Campanha de 2014 arrancou do banco reajuste de 2,34% em média para todos os empregados. Crédito vem no dia 20 Todos os bancários da Caixa, com no mínimo 180 dias de efetivo exercício em 2014, receberão um Delta por merecimento este ano. A distribuição linear do Delta – que corresponde em média a um reajuste de 2,34% – foi uma conquista da Campanha Nacional 2014 e será creditada no dia 20. A pressão dos trabalhadores foi necessária porque o banco, de forma unilateral, suspendeu em 2014 a sistemática de avaliação que resulta na distribuição do Delta por merecimento no ano seguinte. “Se não nos mobilizássemos durante a Campanha, nenhum empregado receberia a promoção por merecimento este ano”, destaca o diretor executivo do Sindicato Dionísio Reis. Outra conquista foi justamente a retomada da sistemática de avaliação, que volta a ser realizada este ano, garantindo a distribuição do Delta por merecimento em 2016. Os critérios da sistemática serão definidos em reunião paritária – com representantes do banco e dos trabalhadores – realizada no final de janeiro. O último ano em que todos os empregados receberam um Delta por merecimento foi em 2009. Em 2012, 18,4% dos empregados não foram contemplados e no ano seguinte, esse percentual diminuiu para 10,4%. Acumulados, o Delta e o reajuste salarial de 9% pago em setembro (outra conquista da Campanha 2014) equivalem a um aumento de 11,55%. Confira abaixo alguns exemplos dos reflexos no PCS do reajuste de 9% e do delta. Histórico A promoção por mérito voltou a ser um direito dos trabalhadores da Caixa após a Campanha de 2007, que garantiu a unificação do PCS (Plano de Cargos e Salários) e, assim, a isonomia na carreira entre os empregados de antes de 1998 e depois de 1998. A conquista do movimento sindical reverteu uma medida da era FHC, cujo objetivo era diminuir os custos da folha de pessoal (menos direitos após 1998) a fim de preparar o banco público para a venda. Prejuízos da GDP Além de não realizar a sistemática de avaliação em 2014, a Caixa no mesmo ano decidiu unilateralmente implantar a Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP). “O banco pretendia vincular a promoção por mérito às regras da GDP, mas não conseguiu por pressão do movimento sindical”, lembra Dionísio. O dirigente lembra que na época os trabalhadores divulgaram nota de repúdio à GDP (clique aqui) e continuam tendo fortes restrições ao programa. “Vincular a promoção por mérito à Gestão de Desempenho de Pessoas é associar essa avaliação às metas individuais. A GDP é uma forma de gestão similar à dos bancos privados, leva à competição e ao conflito no ambiente de trabalho e ao adoecimento dos empregados”, critica o dirigente. “Nossa luta sempre foi por transparência e objetividade na promoção por merecimento, e que ela não esteja associada ao cumprimento de metas individuais”, acrescenta. (Fonte: Seeb SP) Exemplos dos reflexos no PCS Referência 201: R$ 2.025 (ACT 2013) – R$ 2.208 (+9%) – R$ 2.260 (+delta) Referência 212: R$ 2.600 (ACT 2013) – R$ 2.834 (+9%) – R$ 2.898 (+delta) Referência 224: R$ 3.418 (ACT 2013) – R$ 3.726 (+9%) – R$ 3.809 (+delta) Referência 236: R$ 4.497 (ACT 2013) – R$ 4.902 (+9%) – R$ 5.016 (+delta)
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