O movimento sindical aprovou a realização do Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa 100% Pública. A mobilização, que ocorrerá em 27 de fevereiro, faz parte de uma série de ações que o movimento associativo e sindical tem realizado em todo o país para mobilizar os empregados e a sociedade contra qualquer tentativa de abertura de capital do banco.

Os empregados da Caixa Econômica Federal de todo o Brasil irão realizar um Dia Nacional de Luta em 27 de fevereiro, como forma de mobilizar trabalhadores e sociedade em defesa da Caixa 100% pública. Nesse dia, as manifestações terão como slogan “Eu defendo a Caixa 100% pública”. A ideia é realizar uma grande mobilização nas mais de quatro mil unidades do banco e com a postagem de fotos nas redes sociais. Cartazes com a frase Eu defendo a Caixa 100% pública estão sendo remetidos para as agências, de modo a preparar o movimento de 27 de fevereiro.

O Dia Nacional de Luta tem um claro objetivo: barrar qualquer proposta de abertura de capital da empresa. O entendimento é de que a Caixa é um patrimônio de todos os brasileiros e deve continuar pública e a serviço do Brasil, atuando todos os dias para melhorar a vida das pessoas.

É preciso, portanto, ir à luta. Os empregados, além de sindicatos, federações e confederações , devem realizar manifestações pelo país inteiro em defesa da Caixa 100% pública, com reuniões em locais de trabalho, atos na porta das unidades, retardamento na abertura de agências e qualquer outra maneira de protesto, botando a criatividade para funcionar.

Jorge Hereda afirma que é contra a abertura de capital da Caixa Crédito

O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, afirmou nesta quinta-feira (12) que é contra a abertura de capital da Caixa, como foi cogitado no final do ano passado pelo governo. Há 154 anos, a União é o único controlador da instituição financeira.

Durante entrevista coletiva concedida hoje em São Paulo para divulgar dados do balanço 2014, Hereda ressalvou tratar-se de sua posição pessoal e admitiu ter discutido intensamente o assunto com a presidenta Dilma Rousseff.

Segundo ele, a presidenta tem plena noção do papel social do banco e da importância da instituição como instrumento estratégico para o país, sobretudo por seu potencial de promoção de políticas anticíclicas em meio à instabilidade econômica global.

Loterias

A área de loterias também é considerada atraente para ser vendida separadamente. O próprio banco estatal encomendou estudos internacionais de viabilidade desse projeto. Mas há uma questão: para repassar os jogos lotéricos à iniciativa privada é preciso alterar a legislação, o que depende do Congresso Nacional. No banco, uma corrente majoritária defende a abertura de capital de forma unificada. A vantagem, neste caso, seria a atratividade da primeira oferta. "O que certamente dá para fazer é avançar bastante no processo a ponto de torná-lo irreversível para 2016", disse uma fonte.

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