Os bancários lutam pela contratação de mais funcionários concursados Os bancários lutam pela contratação de mais funcionários concursados

Os bancários estão em greve desde do dia 6 de outubro reivindicando 16% de reajuste (inflação mais 5,7% de aumento real), PLR, fim do assédio moral e das metas abusivas, melhores condições de saúde e de trabalho.

Entretanto, a pauta da categoria não se limita às questões de interesse corporativo.

Os bancários cobram dos bancos melhor atendimento aos clientes e a toda a população, com o fim da política de demissões e a contratação de mais funcionários para os caixas e o atendimento ao público.

Lutamos contra a alta rotatividade e as dispensas nos bancos que tornam o atendimento ainda mais precário, aumentando o tempo de espera nas filas.

O movimento sindical defende também mais segurança para clientes e funcionários. Os banqueiros só se preocupam com a segurança do dinheiro e do patrimônio. Não têm a menor preocupação com a vida das pessoas.

A categoria reivindica um novo modelo de sistema financeiro, com compromisso e responsabilidade social. O Brasil não pode continuar com esta política econômica de juros altos em que só os bancos e os especuladores ganham e todos são sacrificados, principalmente o trabalhador. É preciso haver um controle social do sistema financeiro.

A vida fácil dos banqueiros

Entenda por que os bancários de todo o país estão em greve por tempo indeterminado Acumular riqueza à custa da exploração do trabalhador é mole. O povo brasileiro paga um preço alto para que os banqueiros tenham uma vida fácil, de luxo e ostentação.

Enquanto o setor produtivo, como a indústria e o comércio, amargou recuos consideráveis nos últimos seis meses, com o trabalhador pagando a conta da crise financeira do país, o sistema financeiro lucrou no período R$36,3 bilhões, um crescimento de 27% em relação ao ano passado.

Os banqueiros faturaram esta dinheirama explorando e adoecendo bancários e abusando da economia popular. Os juros do cheque especial cresceram no semestre 387% e no cartão de crédito, 403%.

Os clientes tiveram que pagar 169% a mais pelas tarifas bancárias. Além de cobrar caro, os bancos oferecem serviços ruins à população, demitindo em massa funcionários, o que torna o atendimento ainda pior.

Este universo de números estratosféricos das instituições financeiras está infinitamente distante da realidade de uma inflação de 9,89% no semestre.

Já os bancários reivindicam um reajuste salarial justo e inteiramente compatível com os ganhos dos bancos: 16% de aumento. Mas a ganância dos banqueiros não tem limites.

A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) teve a cara de pau de oferecer apenas 5,5% de aumento, índice que não cobre sequer a inflação. Nada mais justo do que fazer greve, em favor da categoria e da sociedade.

Por isso, os bancários e bancárias contam cada vez mais com o apoio da população.
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